segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Primárias no PS - O Socialismo Partido

O Aparelho do PS Partido Socialista, entrou em eleições Primárias, para que se decida antes do congresso quem é deveras, o candidato do Partido Socialista ao cargo de Primeiro Ministro de Portugal, o desafio de lançar-se à liderança partiu de António Costa o Presidente da Câmara de Lisboa, um autarca popular, apoiado pelos históricos do Partido, mas quem impôs as regras de como essa escolha se faria, foi o atual Secretário-Geral do Partido, António José Seguro.

Perante a opinião pública, António José Seguro, se as eleições fossem hoje, daria a vitória ao PS, mas uma vitória tímida, na qual teria de negociar uma coligação com forças à esquerda BE Bloco de Esquerda ou CDU Coligação Democrática Unitária, dominada pelo PCP Partido Comunista Português, contudo, estas forças politicas muito dificilmente fariam coligação com os socialistas, pelo que o PS poderia voltar-se para o partido "bengala", de Paulo Portas, o PP Partido Popular. (1)


No entanto, o mesmo estudo revela que se o líder do Partido for António Costa, este venceria as eleições com maioria absoluta, levando o PS mais uma vez ao governo sozinho, como o fez, António Guterres em 1995 e 1999 e como fez José Sócrates em 2005 e 2009.

No entanto o partido dá sinais de estar partido, dividido em duas facções, a dos históricos, que lutam pela lealdade aos valores e princípios originais, bem como a uma viragem de politicas, sendo mais clara e contundente no seu papel de oposição ao atual governo e às politicas que tem levado Portugal a um caminho que muito se assemelha a um navio à deriva, e onde se pode prever que a Banca Rota do país, seja bem previsível se as politicas de retoma económica e de criação de emprego não forem tomadas.

António Costa o autarca lisboeta, conta com o maior numero de Federações Distritais, 10 contra 9 de José Seguro, mas respectivamente tem menos votos totalizados 13928 contra 15200 respectivamente. A luta renhida pelo poder interno no Partido não acabou, mas prevê-se que os maiores apoiantes de José Seguro sejam na verdade os sociais democratas, que preferem um líder fraco e permissivo na oposição, a um ativista combativo e um histórico que de certeza irá derrubar este governo nas próximas eleições.

Há quem acredite que esta campanha seja motivada pela ambição pessoal de António Costa, mas segundo fontes do aparelho do Partido Costa apenas ouviu e respondeu a apelos dos Históricos que temem um segundo mandato para este governo caso José Seguro se mantenha na liderança do partido.

No entanto Viriato Soromenho Marques, afirmou no DN Diário de Notícias, que esta disputa só se traduzirá num verdadeiro sucesso se uma das partes, neste caso a de António Costa, for de uma maioria esmagadora, caso contrário, o partido mostrará uma imagem de divisão interna, a ver vamos o que as Primárias de 29 de setembro reservam ao partido e ao País.

Fontes e Referências:
(1): nota do autor.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

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