sábado, 12 de novembro de 2011

Papá Cuentame otra vez - Ismael Serrano

De Ismael Serrano (compositor e guitarrista espanhol)
Papá cuéntame otra vez ese cuento tan bonito 
de gendarmes y fascistas, y estudiantes con flequillo, 
y dulce guerrilla urbana en pantalones de campana, 
y canciones de los Rolling, y niñas en minifalda.
Papá cuéntame otra vez todo lo que os divertisteis 
estropeando la vejez a oxidados dictadores, 
y cómo cantaste Al Vent y ocupasteis la Sorbona
en aquel mayo francés en los días de vino y rosas.

Papá cuéntame otra vez esa historia tan bonita 
de aquel guerrillero loco que mataron en Bolivia, 
y cuyo fusil ya nadie se atrevió a tomar de nuevo, 
y como desde aquel día todo parece más feo.

Papá cuéntame otra vez que tras tanta barricada 
y tras tanto puño en alto y tanta sangre derramada, 
al final de la partida no pudisteis hacer nada, 
y bajo los adoquines no había arena de playa.
Fue muy dura la derrota: todo lo que se soñaba 
se pudrió en los rincones, se cubrió de telarañas, 
y ya nadie canta Al Vent, ya no hay locos ya no hay parias, 
pero tiene que llover aún sigue sucia la plaza.

Queda lejos aquel mayo, queda lejos Saint Denis, 
que lejos queda Jean Paul Sartre, muy lejos aquel París, 
sin embargo a veces pienso que al final todo dio igual: 
las ostias siguen cayendo sobre quien habla de más.
Y siguen los mismos muertos podridos de crueldad. 
Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam. 
Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam. 
Ahora mueren en Bosnia los que morían en Vietnam.



















Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Hino aos povos da América - Cinco Siglos Igual

Leon Gleco e Luis Gurevich
(Para o 5º centenário do descobrimento da América)

Soledad sobre ruinas, sangre nel trigo,
Rojo y amarillo,
Manantial del veneno, escudos, heridas,
Cinco siglos igual.

Libertad sin galope, banderas rotas,
Soberbia y mentiras,
Medallas de oro y plata contra esperanza,
Cinco siglos igual.

En esta parte de la tierra, la historia se cayó,
Como se caen las piedras,
Aun las que tocan el cielo,
O están cerca del sol,
O están cerca del sol.

Desamor, desencuenro, perdon y olvido,
Cuerpo con mineral,
pueblos trabajadores, infancias pobres,
Cinco siglos igual.

Lealtad sobre tumbas, piedra sagrada,
Dios no alcanzo a llorar,
Sueño largo del mal, hijos de nadie
Cinco siglos igual.

Muerte contra la vida, gloria de un pueblo desaparecido,
Es comienzo, es final,
Leyenda perdida,
Cinco siglos igual.

En esta parte de la tierra, la historia se cayó,
Como se caen las piedras,
Aun las que tocan el cielo,
O están cerca del sol,
O están cerca del sol.

Es tinieblas con flores, revoluciones
Y aunque muchos no están,
Nunca nadie pensó besarte los pies,
Cinco siglos igual.



Cinco Séculos Iguais - tradução

Solidão sobre ruínas, sangue no trigo,
Vermelho e amarelo
Primavera veneno, escudos, feridas,
Cinco séculos iguais.

Liberdade sem galope, bandeiras rotas,
Arrogância e mentiras,
Ouro e medalhas de prata contra a esperança,
Cinco séculos iguais.

Nesta parte da Terra, a história caiu
Como caem as rochas,
Mesmo ao tocar o céu,
Ou eles estão perto do sol,
Ou eles estão perto do sol.

Desamor, desencontros, perdoar e esquecer,
Corpo de minério,
pessoas que trabalham, crianças pobres,
Cinco séculos iguais.

Lealdade sobre os túmulos, pedra sagrada,
Deus, não alcançou chorar,
Sono ao longo do mar, filhos de nada,
Cinco séculos iguais.

Morte contra a vida, glória de um povo desaparecido,
É começando, é fim,
Lenda perdida
Cinco séculos iguais.

Nesta parte da Terra, a história caiu
Como caem as rochas,
Mesmo ao tocar o céu,
Ou eles estão perto do sol,
Ou eles estão perto do sol.

É escuro com flores e revoluções
E embora não sejam todos iguais,
Ninguém nunca pensou beijar seus pés,
Cinco séculos iguais.


Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Música - Pra não dizer que não falei das flores

Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Somos todos iguais, braços dados ou não,
Nas escolas, nas ruas, campos, construções,
Caminhando e cantando e seguindo a canção.

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

Pelos campos há fome em grandes plantações,
Pelas ruas marchando indecisos cordões,
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão,
E acreditam nas flores vencendo o canhão.

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

Há soldados armados amados ou não,
Quase todos perdidos de armas na mão,
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão.

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

Nas escolas, nas ruas, campos, construções,
Somos todos soldados armados ou não.
Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Somos todos iguais, braços dados ou não.

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

Os amores na mente as flores no chão,
A certeza na frente a história na mão,
Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Aprendendo e ensinando uma nova lição.

Vem, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.





Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Alfred Marshall

Um dos maiores economistas de sempre, que foi muito influente no seu tempo, Alfred Marshall, (nascido em Londres 1842, e falecido em Cambridge no ano de 1924.

Escreveu um célebre livro de economia "Principles of Economics" Principios de Economia, onde definiu muito claramente a noção económica de Oferta x Procura, além da Utilidade Marginal e dos custos de produção. O seu livro foi um dos principais manuais de economia por muito tempo.

A sua aptidão por matemática desde menino o levaram alto nos estudos e ingerssou na Universidade de Cambridge, tinha como objetivo ser ministro (pastor) da Igreja Anglicana, mas o seu sucesso na universidade fizeram que ingressasse na carreira académica na qual foi Professor de Economia Política, desviando-o do seu objetivo inicial, Marshall viria a ser professor de notáveis economistas como John Maynard Keynes, e os alunos de Cambridge gozaram por muito tempo de um grande prestigio devido à influência de Marshall.

Diz-se que seguiu na senda de Adam Smith, ou de John Stuart Mill ou ainda de David Ricardo, é possível, no entanto há muito de próprio nas ideias e no modo como Marshall via e encarava  a economia, daí o seu contributo que consistiu em utilizar a matemática aplicada como meio de análise do fenómeno económico.

Tal como a cultura britânica muito pragmática, Marshall levou à economia esse modo de pensar e agir, fazendo que só os factos observados, reais e lógicos fossem tido em conta no momento de decisões económicas, os seus conceitos também o foram, e por isso permaneceram e influenciaram toda a ciência económica, utilizando a noção de Tempo nos conceitos económicos, com os quais desenvolveu a teoria de custo de produção, utilidade marginal e desenvolveu a teoria da procura e da oferta.

Link:
http://www.pensamentoeconomico.ecn.br/


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 6 de novembro de 2011

Introdução à Economia 02 - Conceitos Básicos

A Economia – Conceitos e Noções

Neste presente artigo abordamos o objeto de estudo da ‘Economia’ e os seus conceitos fundamentais.

Então podemos iniciar, que a economia é a Ciência que estuda o modo como a sociedade, as pessoas e as entidades, escolhem a melhor forma de empregar os seus recursos, com o objetivo de suprir as suas necessidades, mas fundamentalmente, estamos a falar de Recursos Escassos, dai que nos leva a fazer a melhor escolha de acordo com as necessidades que temos e os recusos dos quais dispomos. (Samuelson 1948)

Conceito de Escassez

Por outras palavras, a economia é a ciência que estuda o modo como a Escassez influencia o nosso modos vivendi, na medida em que os recursos, deverão ser distribuídos a satisfazer necessidades ilimitadas, pelo que entra ai a Lei da Procura e da Oferta, quem tem mais adquire o bem. A Escassez de um bem determina o seu valor, bem como os recursos financeiros de que dispomos ir-nos-á mostrar, se estarão ou não ao nosso alcance, pelo que devido à escassez de um determinado bem, teremos de fazer as nossas escolhas consoante os recursos de que dispomos; A Escassez influencia a nossa escolha, que se reflete na escassez de recursos individuais tais como o tempo e o poder aquisitivo.

Conceito de Recurso

E aqui podemos entender por recurso, não apenas o dinheiro, mas os bens e instrumentos necessários à produção, ou a própria matéria prima, e fundamentalmente um outro recurso importante e também escasso que é o “Tempo”, como diz o ditado, “Time is money” tempo é dinheiro, pelo que o nosso tempo disponivel é um recursos escasso, que requer sem bem regido par podermos tirar dele o melhor proveito.

O Custo de Oportunidade

As escolhas que fazemos, face às necessidades e consoante os nosso recursos, geram o que chamamos comummente de Custo de Oportunidades, ou seja as escolhas, sejam elas quais forem implicam um custo, que é o valor da melhor alternativa escolhida em detrimento de outra, ou seja não se pode ter tudo, e ao fazermos uma escolha, perdemos uma das alternativas, optando sempre pela que nos parece melhor, abdicando de um recurso, que é o custo associado a essa escolha; Por outras palavras é o custo que um beneficio nos dá em detrimento de outro que deixamos de usufruir ou ter de acordo com a opção feita.

O Conceito de Necessidade em Economia

Por outro lado temos o conceito de necessidade, que pode ser definido a grosso modo, como um estado psicológico de insatisfação, quer nos apercebamos conscientemente ou não, da sua existência, levando-nos a procurar um meio de satisfazer essa necessidade através da procura, e das escolhas feitas, necessidades essas que podem ser de ordem psicológica, fisiológica, ou até mesmo de determinados recursos para satisfazer as necessidades sentidas. (Martinez 2012)

No entanto a satissfação das necessidades leva-nos a outros conceitos, tais como o conceito de Bens.

Conceito de Bem

Um bem, é um antes de mais um meio, pelo qual satisfazemos necessidades de diversa ordem, de forma direta ou indireta, e os bens são divididos em duas grandes catetorias de bens, os Económicos, e os Bens Livres.

Os bens económicos são bens utilizáveis mas escassos, já os bens livres, sao os que existem em quantidade ilimitada ou pelos menso suficientes para todos, satisfazendo as necessidades a que esse bem está associado, por exemplo o Ar, a Luz do Sol, o vento etc.

No entanto, eles para além disso, são também classificados da seguinte forma:
Bens Económicos:
01 - bens materiais
02 – bens imateriais (serviços)
03 – bens duradouros
04 – bens não duradouros
05 – bens finais
06 – bens intermédios
07 – bens de produção
08 – bens de consumo.
09 – bens privados
10 – bens complementares
11 – bens substitutos de sucedâneos
12 – bens independentes 

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 5 de novembro de 2011

Introdução à Economia 01 - Oikos e Nomos

A Economia - Oikos+Nomos

O sentido etimológico de economia, vem do grego "Oikos" que significa Casa e "Nomos", Regra, Norma, Lei, por outras palavras Economia quer dizer "Reger a Casa".

Mas podemos afirmar, de uma forma simples que a economia é uma ciência social que estuda a melhor escolha em condições de escassez, e tem como objetivo enquanto ciência compreender o comportamento dos consumidores, o funcionamento da própria economia numa dada sociedade ou na aldeia global, tem ainda a preocupação de estudar e compreender o papel dos agentes microeconómicos e macroeconómicos.

Em economia, podemos dizer, que é a ciência que utiliza da melhor forma a gestão dos recursos escassos, ou simplesmente que gere a Escassez.

Entende-se por escassez, o facto de na sociedade os recursos serem limitados, não podendo satisfazer todas as necessidades da demanda vinda de todos os seus agentes, quer seja no que se refere a produtos ou a serviços.

Todos nós temos necessidades, desejos e sonhos limitados, sendo restringidos pela escassez de recursos como o tempo, e o dinheiro, e sendo esses dois recursos limitados temos pois de saber fazer a escolha racional, tendo em conta a noção de Custo e Oportunidade, fazendo que tenha de optar por uma escolha em detrimento de outra, visando o maior beneficio dentro do menor custo possível.

Por exemplo, podemos usar o tempo, que sendo escasso deve ser gerido através escolhas baseadas na noção de custo x beneficio com o qual vamos aproveitar da melhor forma possível as  horas do dia, repartidas por tempo de escanço, trabalho, estudo, lazer e ainda o tempo despendido nas deslocações.

Normalmente a racionalidade leva-nos a fazer as melhores escolhas, para obter o melhor beneficio, mas nem sempre sabemos qual a melhor escolha, devido ao desconhecimento, daí haver erros e más escolhas.

A eficiência visa exatamente eliminar o mais possível o erro nas nossas escolhar; Estes são os principais pontos do estudo de "ICE Introdução à Ciência Económica" lecionado no Curso de Serviço Social-Pós Laboral do ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UTL Universidade Técnica de Lisboa.

No programa constam os seguintes tópicos, que serão colocados neste blog em posteriores posts.
          2. Introdução à Economia - Conceitos Básicos
          3. Economia de Mercado: Leis da oferta e da Procura,
          4. Macroeconomia: os grandes agregados,
          5. Equilíbrio orçamental e externo: finanças públicas e balança de pagamentos,
          6. Moeda e política monetária.
          7. Oferta e procura agregadas,
          8. Inflação e desemprego.

Fontes e Referências:
COSTA, Carla. G (Org) (2011) Principios de Economia, ISCSP, Lisboa
LOUÇÃ, Francisco (2007) Introdução à Macroeconomia, Escolar Editora, Lisboa
SAMUELSON, P. e NORDHAUS, D. (2005) Economia, Lisboa, McGraw Hill.

Baseado nos Apontamentos Universitários (2011/2012)
Filipe de Freitas Leal 2º Ano do Curso de Serviço Social do 
ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da UTL - Universidade Técnica de Lisboa.
Sendo Professora a Drª. Elvira Pereira.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Famílias em Insolvência - O Que Fazer

A crise económica não afeta só os países, os ditos PIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) é já do conhecimento público, que a crise afeta cada vez mais as pessoas particulares e famílias, tendo vindo a ser noticiado, o rápido crescimento de situações de insolvência, devido ao desemprego que por sua vez está relacionado à falência de empresas, ao corte de funcionários, entre outros fatores, fazendo com que se agrave a crise e pondo em dificuldades, pessoas, famílias, empresas e o Estado, com consequências visíveis para a sobrevivência das pessoas, da economia e adiando assim o desenvolvimento do país.
A situação de insolvência teve um crescimento exponencial de 162% desde janeiro deste ano até agora, fazendo um total de 4.335 pessoas singulares e famílias a apresentarem-se a tribunal, segundo dados divulgados pelo jornal Público (ver aqui) e recentemente numa reportagem da RTP (ver aqui), enfim é um desmoronar da vida e da estrutura familiar, tendo inclusive aumentado o pedido de ajuda a instituições humanitárias e caritativas, que já se vêm com dificuldade de socorrer a tantos pedidos, face aos escassos apoios que recebem do estado a Cáritas sugeriu recentemente num programa radiofónico da TSF (ver aqui) uma linha de crédito para apoiar os mais necessitados.
Mas mais do que estatísticas, o que interessa às pessoas, é saber o que fazer numa situação de falência, até porque nem todos são fruto de consumismo compulsivo ou de atitudes perdulárias, mas de consequência da crise que se arrasta à anos, do desemprego, do divorcio e da doença que possa sobrevir a um agregado.
Portanto o sinal de alerta surge quando numa dada altura, e devido às situações desfavoráveis acima citadas, a família dê conta que não tendo condições de cobrir todas as despesas com o que tem de receita, é então que se deve dar inicio ao processo de insolvência e evitar fazer empréstimos sobre empréstimos no crédito predatório.
O Que Fazer Então? ... Em primeiro lugar e devido à situação sócio económica, o que se poderá fazer é acima de tudo manter a calma, o desespero não resolve nada, há pois que procurar ajuda e orientação especializada, inclusive na área do direito, seja um advogado, uma associação como a DECO ou a APOIARE, que poderão mediar uma renegociação das dividas, ou em último caso orientar para que a pessoa possa apresentar-se à Justiça como insolvente.
O importante é proteger o património evitando o arresto dos bens ou que confisquem parte do ordenado, situações que não ajudam a resolver o problema, e arrastam as pessoas e famílias para depressões e divórcios e até doenças daí advindas.
Na busca de soluções há duas hipóteses, renegociar a divida ou a declaração de insolvência, como acima citado, no caso da renegociação as dividas mantêm-se, aumentando o prazo e diminuindo as prestações, quanto à insolvência há que ter em conta vários aspetos, a saber:
 - Quando o devedor se encontra numa situação de incapacidade crescente de pagar,  tem até 6 meses para se declarar junto a um tribunal como insolvente através de um advogado;
 - Após a declaração do tribunal, cessam os pagamentos até à Assembleia de credores, onde o Juiz decidira o montante mensal ou anual que deverá entregar a um administrador nomeado pelo tribunal, durante 5 anos;
 - O Juiz poderá ainda conceder a exoneração das dividas, no fim do período de 5 anos, dependendo do caso.
Para maiores informações consultar: Sites sobre de insolvência e reestruturação de empresas e pessoas singulares e a apoiare.pt página da associação sem fins lucrativos para apoio de empresas e famílias em situação de endividamento.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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