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sábado, 7 de abril de 2018

A Mentalidade de Quintal - As Fronteiras

Porquê não podemos estar informados e ter opinião da política internacional, do que se passa ao redor do mundo ou num outro país? Porquê não?
Não vivemos na aldeia global? Não são países democráticos? O debate não enriquece a democracia? Não entendo, sinceramente que não entendo a mentalidade de quintal (fronteiras),

sexta-feira, 3 de março de 2017

A Política Internacional e a Globalização - Uma Introdução Sintética

A Nova Ordem Mundial, que tanto se fala, traduz-se num crescente aumento da influência do comercio externo e da economia sobre a politica. É o virar de uma página da história política, no que concerne ao mercantilismo e ao capitalismo de Estado ou mesmo ao regime comunista.
Quando surgiu a Globalização? A esta pergunta, poderíamos ir buscar uma série de antecedentes históricos, que nos levariam sem duvida aos descobrimentos marítimos portugueses dos séculos XIV e XV, não obstante, foram os portugueses os primeiros navegadores a chegar ao Japão, desse contacto surgem as primeiras armas de fogo no extremo-oriente, Nagazaki havia sido construída por missionários jesuítas portugueses, e até mesmo a palavra “arigatô” vem do termo português “obrigado”. Sem falar na troca global de plantas que foram tiradas de um continente e plantadas noutro, tal como a mandioca, o principal alimento da dieta africana, foi levado pelos portugueses do Brasil para África, bem como o milho e a batata que não existiam na dieta europeia.
Mais dramática e igualmente influente, foi a migração forçada de milhares de africanos comprados e levados como escravos pelos ingleses, franceses, espanhóis e portugueses para a agricultura em todo o continente americano ou o denominado Novo Mundo, facto que é de suma importância, devido a isso, hoje observamos que a população do Haiti é maioritariamente afrodescendente, em detrimento das populações indígenas que foram assimiladas e miscigenadas tanto com os escravos como com os colonos.
No que concerne à globalização, temos que ter em conta a crescente influencia desse processo no aspeto cultural, cada vez mais os povos se aproximam culturalmente uns dos outros, e isso origina-se com o surgimento de sociedades multiculturais, que obviamente surgiram no novo mundo, muito embora com algumas bolsas de resistência com comportamentos de racismo e xenofobia.
Um dos países onde melhor se definiu o multiculturalismo, foi sem dúvida o Brasil, país no qual não houve o racismo de forma clara ou institucional, como ocorreu por exemplo nos Estados Unidos da América, no Brasil as questões de divisão são maioritariamente de classe e não tanto de etnia.
Nos anos 30 do século XX no Brasil, a pergunta de ordem era saber quem eram de facto os verdadeiros brasileiros. Seriam os índios que eram os habitantes autóctones, os portugueses que criaram os Brasil e deixaram as bases das suas estruturas sociais, culturais, religiosas e políticas, ou seria ainda os afrodescendentes a quem a economia fundamentalmente agrícola e pecuarista do Brasil devia muito pelo seu trabalho braçal? Foi o sociólogo brasileiro Gilberto Freyre quem com o seu livro, “Casa Grande e Senzala”, vem mostrar que todos os três elementos humanos fundadores do que se chama de brasilidade, são igualmente importantes e autênticos brasileiros, esta reposta agradou sobremaneira ao Presidente Getúlio Vargas e ao renascido nacionalismo brasileiro. 
Todavia, a globalização não se centra nos aspetos culturais, esses são mera consequência dos objetivos fundamentais, que são económicos, fundam-se no comércio externo, na internacionalização das empresas multinacionais e na busca do lucro.
Outros autores como AlvinToffler, vêm a origem da globalização no desenvolvimento da sociedade de serviços ultrapassando a industrial nos anos 50, a nova sociedade da informação e o desenvolvimento tecnológico terão facilitado a comunicação e encurtado as distâncias, isso permite o desenvolvimento consecutivo do comercio externo.
A partir daqui surge o desenvolvimento de grandes conglomerados dos Blocos económicos, inicialmente com a EFTA e a CECA, esta ultima viria a dar lugar à CEE atual União Europeia, no bloco comunista criara-se o COMECOM, entretanto extinto, mais recentemente surgiram a ASEAN, o Mercosul e a NAFTA, mas o mais importante é a criação da Organização Mundial do Comércio, a partir do que foram as conversações do Uruguai Round, da antigo GATT. Acordo Geral sobre Tarifas e Impostos.
Para ilustrar o que é e como funciona a globalização, temos de citar a intervenção do FMI Fundo Monetário Internacional ao determinar a internacionalização do Dólar estadunidense como moeda franca a nível internacional no pós-guerra, sem falar da moeda única na Europa, o Euro que se tornou mais forte do que o dólar apesar da instabilidade económica na Zona Euro.
Alguns dos ícones da globalização são sem sombra de dúvida as parabólicas de TV Satélite, os cabos submarinos de transmissão de Internet e as agências de viagens repletas de descontos em passagens aéreas, o mundo hoje está mais próximo por meios de comunicação e pela rapidez na deslocação de um continente a outro como nunca antes se imaginara. Mas esta é a parte visível da globalização, parece que à partida fora feito de propósito para deixar feliz o consumidor final, mas não, essa é a ponta do Iceberg, a raiz de tudo isto, está no lucro, na vinculação ideológica do liberalismo vigente e nas grandes transações financeiras a nível global, de holdings gigantescas que fazem das Bolsas de Valores o principal ícone da globalização. Não obstante à medida que se desenvolve a globalização no plano financeiro e económico, também se desenvolve no plano político, todavia de forma inversa ao modo como a política até aos meados do século XX funcionava, para exemplificar, tivemos o Crash de 1929 e a sua solução através do New Deal, a política de então é que determinava as regras do jogo económico, todavia, atualmente são os mercados que determinam as politicas a tomar, os países passam a ser vistos como empresas. A eleição nos Estados Unidos, do magnata Donald Trump para suceder o democrata e progressistas Barack Obama, serve de exemplo para este dado, um homem que não vem da política como carreira, mas antes um empresário multimilionário, de tendência claramente conservadora e neoliberal.
Principais Características da “Aldeia Global”
Ø Internacionalização das empresas;
Ø Internacionalização do mercado de capitais;
Ø Organização de Grande Blocos Económicos;
ü Perda de parte da soberania dos países em favor dos Blocos Económicos.
Ø Criação da Moeda Única;
Ø Dólar como moeda franca internacional;
Ø Criação Organização Mundial do Comércio;
ü Consolidação do liberalismo político;
ü Redução dos direitos sociais
Ø Maior competitividade entre os continentes;
Ø Maior aproximação cultural e ideológica global;
·    Maior facilidade de deslocação;
·    Acesso à informação e comunicação;
·    Maior uniformização cultural;
A Globalização submete o papel do Estado (antes um regulador) aos interesses dos grandes conglomerados económicos e financeiros (antes meros agentes), fazendo com que os Estado perca parte da sua soberania, dando a impressão que as instituições democráticas são hoje em dia uma mera plataforma de implementação dos interesses financeiros por parte tanto dos três poderes.
Observa-se atualmente na globalização uma inegável presença do ideal neoliberal, claramente com o intuito de retirar ao poder político o seu papel regulador do mercado, para ser o mero regulamentador da agenda económica e financeira, retirando ao Estado a sua presença em setores como a banca, os transportes públicos, as comunicações, correios, saúde, educação, energia e saneamento básico.
Posto isto, observa-se ainda que as reformas liberais levadas a cabo, refletem uma clara interferência no mercado de trabalho, através de imposição de alterações à legislação laboral, fragilizando em larga medida a já frágil situação dos trabalhadores, tanto nos países desenvolvidos como nos que se encontram em desenvolvimento, bem como pela redução dos ordenados no mercado de trabalho e o fim dos apoios sociais.
A soma deste quadro no que concerne à globalização corrobora as graves consequências sociais que têm surgido, tais como o desemprego de longa duração, a emigração, o empobrecimento das faixas mais idosas da população e o consequente agravamento da insustentabilidade da segurança social, que choca com o apoio estatal à banca falida, através de dinheiro público saído do bolso dos contribuintes nos países da Zona Euro, como foi o caso de Portugal Irlanda, Grécia e Espanha, os denominados PIGS.

Autor: Filipe de Freitas Leal


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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Turquia - A Encruzilhada Política

Ancara vive uma encruzilhada política imposta pela tentativa falhada de Golpe de Estado, levado a cabo pelos militares que pretenderam derrubar o Presidente Erdogan e o Primeiro Ministro Ildyrim, ambos do AKP, a fim de por cobro às crescente influência da religião na vida política e social do país, mas também para defender e repor os valores da Constituição que segundo os militares golpistas não tem vindo a ser respeitado por Erdogan.
Claro que a grande maioria dos líderes mundiais condenou imediatamente a tentativa de golpe, era previsível que assim fosse, é considerado politicamente correto, mas em Política nem tudo é o que parece, é natural que no fundo alguns políticos digam o contrário daquilo que pensam e sentem face à Turquia, a aproximação de Erdogan à Religião na vida política incomoda a Europa, sobretudo numa época de combate ao terror e ao fanatismo faz com que as ideias e as atitudes do líder turco sejam naturalmente incómodas, até mesmo dentro da Turquia em vários setores económicos e intelectuais que defendem uma integração com a União Europeia, apesar disso os partidos da oposição foram para as ruas manifestar-se contra o golpe,  uma atitude de precaução prevendo a vitória militar de Erdogan e a influência que isso acarreta agora para a vida política e militar, assim em qualquer caso, os partidos nas ruas, defenderam no fundo a democracia.
Erdogan que é acusado de desvios ideológicos contrários aos valores tradicionais de uma Turquia laica, bem como é acusado de abuso de poder e autoridade ao perseguir lideres oposicionistas, ataque à liberdade de imprensa e de uma política externa desastrosa e perigosa, não só para a Turquia, como também para aos Estados Unidos e a OTAN com alguns acidentes diplomáticos inconvenientes e desnecessários contra a Rússia e em provocações contra Israel.
Resta contudo, saber se este fenómeno político que foi o Golpe de Estado em Ancara, terá sido só uma iniciativa interna dos militares, e sobretudo se terá sido um exercício para observar fragilidades e derruba-lo num futuro golpe, é previsível por outro lado que tenha partido do exterior, tentando influências os resultados no tabuleiro do Xadrez da Geopolítica do Médio Oriente, numa guerra sem fim à vista na Síria e de um terrorismo cada vez mais feroz, que fere inclusive os verdadeiros valores do islão, esta é a pergunta que se coloca, muitos apostam que sim, e caso não seja essa a natureza do golpe, creio que muita gente teria esfregado as mãos de contente com a queda do ditador Erdogoan.

Autor: Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Globalização ou o Fim da Democracia - I

A Globalização e o liberalismo
A Globalização e o liberalismo estão a alterar os papeis entre a politica e a economia, pois submetem o papel do Estado (antes um regulador) aos grandes conglomerados económicos e financeiros (antes meros agentes).
A GLOBALIZAÇÃO não é propriamente dito exequível com um governo soberano que queria respeitar um programa de governo pelo qual fora eleito, isto porque vai contra a lógica da economia dos mercado financeiros e de grupos poderosos que tem margens anuais de lucros superiores ao PIB de países como Grécia, Irlanda e Portugal por exemplo (países que pediram resgate ao FMI e que sofreram a intervenção da Troika).
Neste sentido, pode-se observar que a democracia está a ser usada apenas como plataforma de implementação dos interesses dos grandes conglomerados, quer seja pelo Poder Executivo (governo), quer pelo legislativo e não raras vezes também pelo judiciário, ao qual cabe a responsabilidade pelo cumprimento legal, pela fiscalização das reformas implementadas, feitas através de politicas que visam reformas económicas, sociais e financeiras profundas, claramente com o intuito de retirar e afastar o Estado tanto do seu papel regulador como da sua presença em setores como a banca, os transportes públicos, as comunicações, correios, saúde, educação, energia e saneamento básico, mesmo que alguns dêem lucro, setores esses que se supõe a necessária participação de capitais públicos; posto isto, temos que as reformas liberais levadas a cabo interferem também no mercado de trabalho através de alterações à legislação laboral fragilizando os trabalhadores, bem como pela redução dos ordenados no mercado de trabalho e o fim dos apoios sociais, os quais têm vindo a gerar graves consequências sociais consideráveis, como desemprego de longa duração, emigração, empobrecimento das faixas mais idosas da população e o consequente agravamento da insustentabilidade da segurança social, que choca com o apoio estatal à banca falida, através de dinheiro público saído do bolso dos contribuintes.
O problema é morder o isco.
Um fator importante que visa essa inversão e que deve ser observado com atenção é a corrupção, por outras palavras é o isco que faltava para a implosão da democracia que tanto demorou a construir, minando um dos alicerces fundamentais que é a confiança dos cidadãos eleitores, somando-se a isto temos o quarto poder, o da imprensa com a sua voracidade em derrubar lideres e a promover outros, sobra assim, apenas um regime em que o cidadão limita-se a escolher quem é que vai exercer o cargo, não interessa se será do partido A ou do B, se é o cidadão C ou o D, acabam todos por ter de cumprir as normativas que vêm de cima, de acordo com interesses empresariais ou económicos, que são por sua vez as Multinacionais, as Agências de Rating e os Mercados Comuns como a UE, a NAFTA, Asean, entre outros, pelo que se transforma um Estado de Direito e soberano num Estado Vassalo, ou uma mera zona geográfica, como se de um simples mapa empresarial de zonas comerciais se tratasse.
A máquina que põe tudo isso a funcionar, é sem sombra de duvida a corrupção, é esse aliás o isco como acima referido, e como vem a provar as recentes revelações dos Papeis do Panamá, que é o de corromper, comprar e deixar cair na rua pela denúncia os politicos, os partidos, para desacreditar na opinião pública, não so a esquerda e a direita, mas sim todo um sistema político.
Claro que pode-se afirmar em Ciência Política que a politica é a luta pela conquista e pela manutenção do poder, mas a corrupção muda tudo isto, e o jogo politico hoje mudou de palco, não é no palanque de um líder, mas sim no escritório de um CEO, não é a falar de ideias e causas, mas sim de valores e ganhos, ou seja, por outras palavras, a Economia impôs-se à politica.
O Brasil, Portugal, Grécia e outros países que se submetem a obedecer a agenda da globalização de conglomerados e do FMI, são países cobaias, onde se verifica já, se não o fim da democracia, pelo menos uma metamorfose que visa alterar a sua função politica, para uma função meramente executiva dos interesses estabelecidos pelos mercados financeiros.
Mas porque o fim da democracia?
Os partidos continuarão a existir, e haverá eleições, contudo os governos saídos de uma Parlamento eleito não conseguirão promover reformas substanciais, tal como se observou em Portugal, quando a Troika impôs a qualquer partido e em qualquer governo as normas que devem ser cumpridas, que não podem ficar aquém das expectativas dos organismos executivos como o Eurogrupo, o FMI ou o Concelho da Europa.
Voltando atrás no tempo, quando nos anos 60 ou 70, nos países democráticos, haviam eleições, votavam-se em programas eleitorais, vimos por exemplo o caso de França em que François Mitterrand do PS, implementou uma série de reformas estruturais socializantes, ou do lado contrário, governos de direita como o de Margaret Thatcher, que impôs a privatização feroz, a luta contra os sindicatos dos mineiros e a implementação da sua politica ultra-liberal.
Hoje, não se passa assim, nos países que fazem parte da UE União Europeia por exemplo, temos um parlamento europeu que não é deliberativo e nem legislativo mas sim normativo, e temos um núcleo duro que é a Comissão Europeia, que por outras palavras é o Governo Central da Europa, de onde emanam as diretivas aos países membros, tal como o que ocorreu com a Grécia que tentou mudar o jogo, mas teve de se vergar.
Ao que parece, a Europa só não aceitou as condições que foram sugeridas pelo governo de Tsipras, porque entendia que aqueles politicos de esquerda, não poderiam influenciar o resto da Europa, entenderam que era preciso verga-los e não permitir que fossem um exemplo a seguir, e isto aconteceu mesmo depois do referendo no qual os gregos rejeitaram as politicas de austeridade da Troika, foi aqui que se viu de facto quais são as cartas em cima da mesa e quem domina o jogo, pois as mesmas propostas teriam sido aceites se os proponentes fossem da ND Nova Democracia (de direita) ou o PASOK Partido Socialista Grego (de centro-esquerda) partidos amigos ou europeístas.
Portanto conclui-se, que ao elegermos democraticamente um parlamento do qual sairá um governo, os programas eleitorais não serão implementados porque as politicas impostas não não o permitem, embora as respectivas diretivas nem sequer tenham sido escrutinadas pelos demais cidadãos europeus, torna esta prática centralizadora um ato político antidemocrático, que limita o ato de votar de cada cidadão numa simples cerimónia secundária.
É um novo colonialismo, uma nova ditadura? perguntam alguns; Mas penso que talvez nem seja isso, mas mais do que isso, uma subversão doce, disfarçada e colorida de um sistema, as pessoas, os povos a serviço de interesses poderosos, mas de forma totalmente desvinculada de humanismo e preocupações sociais.

> Continua no próximo post: Globalização ou o Fim da Democracia - II

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 10 de junho de 2014

A Oração Pela Paz no Médio Oriente

A Paz, ou mais precisamente o desejo de paz, reuniu nos jardins da ‘Cidade do Vaticano’ em oração as três grandes religiões da ‘revelação’ na pessoa de três chefes de Estado, Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestiniana; Shimon Peres, Presidente da República de Israel e o Papa Francisco I, que no Vaticano reuniu-os para juntos rezarem pela paz. Cada uma das religiões e seu líderes religiosos recitaram orações ao D-us comum, por ordem cronológica de surgimento, primeiro foram as orações presididas por rabinos, pelo Judaísmo, surgido aproximadamente há 3500 anos; seguiram-se as orações de sacerdotes católicos pelo cristianismo, surgido há 2000 anos e por fim as orações dos Imãs do Islamismo que surgiu há exatamente 1392 anos, cada uma das seções de oração foram seguidas de músicas tradicionais de cada fé.

O Papa Francisco I, afirmou que não é a sua intenção mediar politicamente o conflito, mas sim promover o diálogo através da oração, é bom lembrarmos que de facto ao longo de décadas os vários planos de paz, sofreram a erosão das palavras ditas ao vento, e a 'paz podre' permaneceu.

No entanto os problemas que ocorrem no Médio Oriente, e que minam a paz da região e suas populações, surgiu à 66 anos com a Partilha da Palestina, que após a queda do Império Otomano, ficou dividida em duas parte, uma a Oriente que corresponde à atual Jordânia, e outra a Ocidente que foi a parte do Território ainda sob ocupação Britânica que viria a ser dividido em dois Estados pela resolução das Nações Unidas de N.º 181 de 1947, sobre a Partilha da Palestina em Estado Judeu e Estado Muçulmano, o restante a História encarregou-se de registar par má memória de toda a Humanidade, no entanto o ónus da culpa coube sempre a Israel, e sem que hoje as pessoas saibam foi precisamente Israel que foi atacado por seis Exércitos ao mesmo tempo, Egito, Jordânia, Síria, Líbano,  Iraque e Arábia Saudita, precisamente um dia após a Independência de Israel e da saída das tropas Britânicas de todo o protetorado a Palestina. Porquê? Porque Israel reconheceu o direito palestiniano a ter o seu Estado, mas o Mundo árabe não reconheceu o direito ao povo judeu de Estar na sua terra ancestral. E porquê isto? Não sei, mas o Mufti de Jerusalém que se reunira com Hitler muito antes do fim da II Guerra Mundial e que nutria ódio pelos judeus, poderia dar-nos hoje a resposta.

E deixem-me dizer: "Que de facto, mais que tratados assinados, o diálogo feito em reposta ao anseio de paz dos povos do Médio Oriente é a melhor opção, se esta falhar, falharão todas as outras. Porque é no coração dos Homens que deve residir a PAZ".



Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 2 de março de 2014

O Porquê da Crise da Ucrânia X Russia

Ao recentes acontecimentos na Ucrânia, desde as manifestações contra a política anti-europeia de Yanukovych, a sua destituição pelo Parlamento, bem como a libertação da antiga primeira ministra, cuja detenção gerou a nível internacional grande descontentamento pelo seu tratamento e dúvidas da veracidade das acusações, que bem podem ter sido verdadeiramente políticas, ao que se presume hoje.
Tudo isto tem uma origem, as manifestações não são apenas por querer ingressar ou não na União Europeia, ou porque o ex-presidente deliberadamente mudou as regras do jogo, mas acima de tudo o que está em causa, é a independência da Ucrânia face à Rússia, e sobretudo face ao poder de Putin.
Zonas com maioria da população russa
A península da Crimeia que forma uma República Autónoma, havia sido oferecida à Ucrânia, pelo Secretário Geral Nikita Khruchov, pois tratava-se de um território que era parte integrante da Russia, e como tal habitado por cidadãos russos, isso ocorreu em 1954 na comemoração dos 3º centenário da União Russo-Ucraniana. Com o Estalinismo, anterior a Khruchov, os russos foram espalhados por toda a União Soviética, e de todos os cantos da extinta URSS uma grande parte das populações autóctones foram expatriadas e reconduzidas a outras terra que não a sua, o objetivo estalinista era claro o de eliminar os sentimentos separatistas, e de controlar a ferro e fogo, toda a população soviética, mas não conseguiu. No entanto o resultado dessa politica está à vista.
A Ucrânia é um país dividido, por ucranianos e por russos, que desejam acima de tudo a paz, os ucranianos desejam a paz, os russos desejam ser integrados à Rússia, onde se sentem ligados. A Criméia tem por sua vez uma vasta área de bases militares russas, e dai já partiram para as ruas do sul da Ucrânia, soldados e tanques.
A atitude russa de enviar mais de dois mil soldados para a região, é uma declaração de guerra contra a Ucrânia, que neste momento só conta com o apoio da opinião publica internacional e as forças da diplomacia dos países europeus, americanos e da ONU.
A grande reviravolta deste processo todo que começou com manifestações de protesto contra o presidente Yanukovich, as batalhas campais que se desenrolaram em Kiev, a deposição do executivo e do presidente, gerando posteriormente a ameaça militar russa.
O primeiro-ministro interino Arseni Iatseniouk, afirmou que isto é um "alerta vermelho" e que tratasse de uma verdadeira declaração de guerra contra o seu país por parte de Vladimir Putin, a quem chamou a razão e pediu  o bom senso de retirar as tropas da Criméia.
Uma coisa é certa, quem perde fundamentalmente neste preciso momento, são as populações, tanto as ucranianas como as russas, mas também a estabilidade na Europa fica uma vez mais ameaçada, e com ela as consequências de um conflito, que ainda que não chegue a vias de facto, já tem de certeza muitos estragos na economias dos estados e das pessoas.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Xanana Gusmão distinguido Doutor Honoris Causa

O atual Primeiro Ministro de Timor-Leste, e antigo ativista e lider da resistência e de luta pela libertação do povo maubere à ocupção indonésia, recebeu neste dia 7 de fevereiro o titulo de Doutor Honoris Causa, pelo ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas que faz parte da recém unificada Universidade de Lisboa.

O tituto atribuido é mais que merecido, e é sobremaneira o reconhecimento da importância de um grande homem para o  povo timorense, de seu nome de batismo José Alexandre Gusmão, na cidade de Manatuto a 20 de junho de 1946, ainda durante o domínio português de Timor-Leste, tendo inclusive cumprido o serviço militar no exercito português, e posteriormente com cidadão portugês fora funcionário publico, o que lhe permitu continuar os estudos, é no entanto como Kay Rala Xanana Gusmão que é conhecido, tendo-se tornado no rosto mais conhecido a nível mundial da FRETILIN - Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente, e da luta timorense, tendo a viragem a favor da causa, ocorrido com o massacre do cemitério de Santa Cruz, que é mostrada em video para todo o mundo, daí intensificou-se a perseguição a Xanana Gusmão que culminara em 1992 na sua prisão e tortura, sendo só libertado em 1999, por pressão da comunidade internacional, contra o regime de Shuarto e da ocupação torcionária das forças militares indonésias, sobretudo fora a iniciativa portuguesa na altura do Governo de António Guterres que mais pressionou a comunidade internacional em 1999. Culminando na Independencia e na condução de Xanana à Presidência da República de Timor-Leste.

Xanana Gusmão, recebe este titulo pelo estratega, pelo político e pelo diplomata visionário e incansável, que teimou em acreditar que a libertação do seu povo era possivel, e fundamentalmente porque foi após a Independencia um lutador também incansável pela paz social, e as boas relações com os vizinhos indonésios.

De Filipe de Freitas Leal

Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.
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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Da Primavera ao Inferno Árabe.

A Tunísia  deu inicio espontaneamente a um movimento de protestos, após a imolação de Mohamed Bouazi, no interior daquele país, em protesto contra a corrupção, e fez-se com a ajuda das redes sociais, facebook e twitter, que levaram à queda em 2011 do ditador tunisino Ben Ali, após esta primeira vitória, a onda de protestos e revoltas voltou-se a outros países árabes, que se sentiam traídos pelo ideal de um socialismo pan-arabista que nunca chegou a existir e que deu lugar à opulência de ditadores  que  mais não faziam que se manter no poder, recebendo o apoio dos europeus e dos estadunidenses, que preferiam ditadores pacíficos a democracias ameaçadoras dos valores e dos interesses ocidentais. A este movimento de protestos denominou-se de Primavera Árabe, pois maioritariamente eram jovens estudantes universitários, informados e que aspiravam à democracia e a um grau de desenvolvimentos dos seus países semelhante ao ocidente, sem no entanto perder a sua cultura e identidades árabe e muçulmana.
Seguiram-se outros países vizinhos, ainda em 2011 como a Argélia, a Libia, o Yemen, o Egito e a Síria, onde foram derrubados três caudilhos e seus regimes, Muammar Kaddafi da Libia, Hosni Mubarak do Egito e Salleh do Yemen, outros protestos se seguiram sem no entanto haver mudanças de chefias do estado como o caso do Marrocos, que convocou um referendo e do qual se fizeram alterações à constituição, permitindo a democratização do país, outras medidas de reformas dissuasoras ocorreram também na Jordânia, Kuwait, Bahrein e Omã.
No entanto, a revolta e os protestos da primavera árabe, chegaram à Siria, de Bashar El Assad, tendo este intensificado a repressão às manifestações, bem como a persecução aos seus opositores do seu regime, acabando por degenerar em Guerra Civil que se iniciou em 2011 e ainda permanece a derramar o sangue dos sírios e a devastar de forma brutal todo o País que ja entrou em colapso. No entanto há um fundo de cunho religioso por trás destes conflitos, e sobretudo na Síria, onde se opõem os sunitas do lado do poder, contra os xiitas na oposição.
Várias cidades sírias ficaram tal como nesta imagem.
No Egito, a democratização levou ao poder a Irmandade Muçulmana, e elegeu Mohamed Morsi, que numa tentativa de islamizar o país, foi derrubado por um golpe militar, os protestos levaram à rua os apoiantes de Morsi a exigir a sua recondução à Presidência, num movimento de contestação denominado "Dia de Cólera", que se fez sentir no resultado de um massacre de 72 pessoas, perpetrado pelos militares em plena praça pública. Diante deste quadro calamitoso de atos dantescos, podemos dizer que se trata sim, do inferno árabe.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Hugo Chavez - O Adeus a Um Líder Controverso

Morreu Hugo Chavez Frias, aos 58 anos, após longa luta contra o cancro, e deixa na história do seu país, uma liderança marcante, as reações à sua morte, não se fizeram esperar, dos maiores admiradores aos mais acérrimos opositores, a sua morte foi sentida, e a sua imagem respeitada, admitindo que foi um grande líder incontornável, embora algumas das suas medidas políticas possam ter sido consideradas controversas, tendo governado com algum autoritarismo, Chavez tentou lutar por maior justiça social, no seu país onde as desigualdades contrastavam com uma economia rica em petróleo, contudo as medidas económicas foram prejudiciais, mas à História caberá julga-lo pelo que fez de bem e de mal.
Preso político após um golpe de estado falhado, o Comandante chegou ao poder pela via democrática, chegou a ser deposto, mas reconduzido ao cargo por aclamação popular, audaz e corajoso, pôs termo ao domínio dos velhos partidos outrora dominantes, como o democrata-cristão COPEI, e lançou as bases de uma nova república e de uma nova constituição, com uma ampla maioria de esquerda, que pela mão de Chavez veio a formar-se no PSUV Partido Socialista Unificado da Venezuela.
Hugo Chavez, marcou e cativou não só as gentes simples e sofridas da Venezuela, mas foi ele que como líder histórico, fez surgir na América do Sul, uma nova esquerda, cujo objetivo era a luta contra o imperialismo "ianque" e libertar os povos da América, como ele dizia.
Desde Ban Ki-Moon da ONU, passando por líderes europeus e até Obama, as condolências ao povo da Venezuela, foram acompanhadas de pesar pela perda e de respeito pelo homem que lutou pelos seus ideais e pelo seu povo, Dilma Roussef afirmou que Chavez era um amigo do Brasil e do povo latino americano, já em Portugal o Secretário de Estado das Comunidades afirmou que Chavez foi um grande admirador de Portugal, e dos portugueses, (havendo uma considerável comunidade de portugueses oriundos da Ilha da Madeira, em sua maioria), tendo visitado Portugal várias quatro vezes, pelo que encetou amplas relações comerciais entre ambos os países.
A amizade de Cuba e o apego à vida, foram notórios nos seus últimos momentos, é o que se encontra ao visitar o pertil no Twitter, onde Chavez escreveu: "Gracias a Fidel y Raul y a toda Cuba!! Gracias a Venezuela por tanto amor!!!" ou ainda no seu ultimo twitt: "Sigo aferrado a Cristo y confiado en mis medicos y enfermeras. Hasta la victoria siempre!!!


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Bento XVI Renuncia e Abre Nova Era na Igreja

Após 6 anos e 10 meses de pontificado, Bento XVI renuncia ao papado, alegando a incompatibilidade do peso da idade, para o pleno exercício da Cadeira de São Pedro.

Passados mais de 600 anos da renuncia de um papa, com o Cisma Papal do Ocidente no Séc. XIV dividindo a Igreja entre o Papado de Roma e o Papado de Urbano VI em Roma e o Papado de Clement VII em Avignon, tendo sido por fim nomeado um terceiro  João XXIII (antipapa) para por termo ao conflito.

O que agora se passa é totalmente diferente, é uma Igreja no novo Século a tentar adaptar-se à realidade de mudanças rápidas e profundas que afetam, não só a sociedade, mas todo o mundo, da cultura religiosa à economia global, das dicotomias de um ocidente materialista e de uma cristandade em crise.

Bento XVI, numa atitude de coragem e de grande lucidez, anunciou que renuncia deixando o papado a dia 28 de fevereiro pelas 20h00 (hora local de Roma) em situação de "Sede Vacante" e será nomeado um conclave para a eleição papal. Mas deixa nas entrelinhas a necessidade de um Papa que possa ser capaz de conduzir com vigor e dinamismo os destinos da Igreja Católica em Roma e no Mundo.

Bento XVI, o Papa tímido, que não cativou as multidões como o seu antecessor, é no entanto um teólogo, cujo seu pensamento é profundo e avançado, e muito contribuiu para a reaproximação e reconciliação com o judaísmo, tendo sido o primeiro papa a pedir perdão oficialmente em nome de toda a Igreja pela inquisição e antissemitismo que o cristianismo no passado ajudou a propagar, e que tão sérias consequências ainda hoje persistem na mentalidade de muitos cristãos que desconhecem a origem judaica da Igreja de Jesus Cristo.


Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.
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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estudante de Serviço Social no  Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do humanismo, edita outros blogs, cujo teor vai da filosofia à teologia, passando pelo apoio ao estudo autodidático. (ver o Perfil  

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Orçamento Europeu da Crise

O Orçamento da União Europeia para 2013, que foi feito em Bruxelas, por acordo dos 27 Estados Membros, é um orçamento mais magro, com uma redução na ordem dos 52 biliões de euros, afetando claramente os países em maiores dificuldades  como Grécia, Portugal e Espanha, no entanto, todos cantam vitórias, tentando convencer no contexto interno os seus cidadãos.

O Parlamento Europeu, votará o orçamento, e há uma clara tendência de dificultar este orçamento, pois muitos países não aceitam os cortes orçamentais previstas para este orçamento, pois para muitos, trata-se de um orçamento de austeridade, que não visa a coesão social dentro dos Estados Membros e não promoverá as políticas sociais que foram o símbolo de uma Europa a 12 no tempo do socialista Jacques Delors, bem como não promoverá o crescimento económico ou a recuperação económica tão desejada a sul.

O Orçamento europeu da austeridade, cai como uma bomba nas oposições dos países membros, quer à esquerda quer à direita, que se pergunta que políticas então promoverão o crescimento económico quer europeu quer global, e precisamente neste ano realiza-se o Global Media Forum, promovido pela cadeia alemã DW - Dewtsch Welle, com o tema "O Futuro do Crescimento - Valores económicos e a media" onde estarão representados mais de 2000 jornalistas e repórteres de 115 países, para debater a situação da economia mundial e os efeitos da mesma sobre o desenvolvimento sustentável, dos diversos povos do globo.

Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.
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 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estudante de Serviço Social no  Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas - ISCSP, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do humanismo, edita outros blogs, cujo teor vai da filosofia à teologia, passando pelo apoio ao estudo autodidático. (ver o Perfil  

 
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