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sábado, 11 de novembro de 2017

Krystallnacht - A Noite de Cristal


Foi na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, que Hadolf Hitler e o ministro da propaganda do III Reich, Goebbels, davam vazão ao ódio ideológico do regime Nazista, como reação ao atentado em Paris que vitimou o diplomata alemão Ernst Von Rath, assassinado por um jovem judeu de nacionalidade polaca, cujo nome era Herschel Grynszpan, iniciando assim, uma nova e violenta fase do antissemitismo com a Noite de Cristal, também chamada de Noite dos Cristais Estilhaçados, devido aos cacos de vidro que se estenderam pelas ruas de toda a Alemanha, em alemão diz-se Krystallnacht, ocorrência que ultrapassou as fronteiras da Alemanha, abrangendo todos os territórios de língua germânica, tendo sido o maior dos Pogroms da era contemporânea, com a participação de militares e civis, com humilhação, depredação, saques, incêndios de lugares sagrados e atos de extrema violência contra os judeus, com violações, espancamentos de pessoas desarmadas e sem defesa, devido a isso terão havido nessa noite perto de 180 mortes. foi a noite mais tenebrosa e longa de todas as noites da civilização europeia. Foi a noite mais tenebrosa e longa de todas as noites da civilização europeia.
Naquela noite foram destruídas mais de 1.000 sinagogas, milhares de livros sagrados foram queimados, foram saqueadas e destruídas cerca de 7500 lojas, hospitais, escolas e residências de  judeus, que foram demolidas ou incendiadas; no dia seguinte mais de 30.000 judeus foram deportados tendo perdido a nacionalidade alemã e tratados como estrangeiros, por terem origem polaca, outros foram assim feitos cativos em campos de concentração.


No mundo inteiro a notícias fazia espantar incrédulos todos os que ouviam ou liam as noticias, aquela noite fora uma das maiores vergonhas para toda a civilização ocidental e europeia que maioritariamente se dizia cristã.
Tudo isto ocorreu precisamente em apenas 48 horas, tempo suficiente para destruir milhares de vidas e manchar a história de um país. Hoje o antissemitismo está a regressar com força ao continente europeu, nomeadamente por fanatismos políticos de extrema-direita e por atos terroristas de fanáticos muçulmanos, todavia hoje há a liberdade e a democracia, mas também os recursos necessários para lutar contra todo e qualquer fanatismo religioso e político, é nosso dever impedir que os extremismos voltem a dominar a nossa cultura e sociedade.



Autor: Filipe de Freitas Leal



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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

30% dos Portugueses têm Ascendência Sefardita

Um estudo científico sobre a origem genética da população portuguesa, veio a comprovar que em Portugal, um dos países mais católicos da Europa, a população tem uma grande percentagem de origens judaicas na linhagem masculina.
No entanto a maioria dos portugueses desconhece este facto, que por sinal foi revelado num estudo publicado pelo “The New York Times”, a University of Georgetown, EUA, e o Instituto Português de Saúde Ricardo Jorge, estudo este no qual o Prof. Jonathan Ray afirma serem cerca de 35% de população portuguesa a Sul do Tejo e cerca de 25% a Norte tem ascendência judaica, (de judeus sefarditas), estudo feito com base em investigações no ADN das populações de toda a Península Ibérica, ficou registado que 30 por cento dos portugueses e 20 por cento dos espanhóis são de origem judaica e 11 por cento de origem árabe e berbere em toda a Península Ibérica.
Essa disseminação da população judaica na Península deveu-se a três factores, 1º no Império Romano, onde a Diáspora força a fuga para terras distantes de Judeus expulsos de Israel após a destruição do Templo de Jerusalém. 2º Na conquista árabe no séc. XII os judeus mantiveram a sua liberdade e se desenvolveram e progrediram em igualdade aos muçulmanos numa primeira fase, depois foram perseguidos e se espalharam pela península, e arabizaram os seus nomes. 3º A conversão forçada de centenas de milhares de judeus nos séc. XIV e XV, adoptando nomes e sobrenomes portugueses, bem como impondo os costumes alimentares (daí vem a alheira e a farinheira – enchidos para fingir o consumo de carne suína), eram no entanto identificados e chamados de Cristãos Novos, termo com cariz pejorativo e claramente marginalizador, muitos foram destituídos dos seus bens, e famílias foram separadas, levadas para diversas possessões coloniais portuguesas.Contrariamente aos restantes países do mundo, Portugal, paradoxalmente com a sua cultura marcadamente católica, tem nas suas origens o sangue judeu. Já mesmo antes da conquista Romana, a península Ibérica era na Bíblia chamada de “Társis”, onde por sinal havia já uma colónia Judaica considerável.
Em Lisboa na Altura do Reino do Al-Andaluz, a população Judaica era superior em número à população muçulmana e Cristã (na altura denominada de moçárabe). Os judeus à altura adoptavam nomes hebraicos, mas com o aumento da pressão islâmica na península passaram a usar nomes árabes, e até grandes Rabis escreveram obras literárias em árabe, como por exemplo o Sepher HaZohar, foi inicialmente escrito em árabe por Maimonides.A tradição popular portuguesa indica que as famílias com apelidos associados a árvores, flores ou vegetais são, supostamente, de origem judaica, embora na realidade com a conversão forçada dos judeus (Bnei Anussim significa Filhos dos Forçados) passaram a adoptar sobrenomes tipicamente portugueses para não sofrerem preconceitos. Hoje não é frequente um português assumir as suas origens judaicas, como fez por exemplo o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Cruz Abecassis, o Antigo Presidente da República Jorge Sampaio, ou mais anteriormente, o capitão Barros Basto e os escritores Fernando Pessoa e Camilo Castelo Branco, entre outros. No entanto a população desconhece as bases do judaísmo ou da história hebraica de Portugal.
Fonte: The New York Times - DNA study shows 20percent of Iberian population has Jewish ancestry




Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dia em Memória das Vitimas do Holocausto


Nunca Mais! Mas lembrar sempre as vítimas do Holocausto
Dia 27 de Janeiro é o Dia Internacional em Memória das Vitimas do Holocausto, cometido pelo regime nazista. Dos 6 milhões de Quedoshim (santos mártires) muitas almas deixaram de prosseguir o curso de suas vidas, de fazer parte da criação diária que Deus concedeu a cada um de nós.

Honrar os que morreram, crianças, jovens e idosos, mulheres e homens, sefarditas e asquenazis, ortodoxos e conservadores, de todas as partes da europa ocupada, foram arrancados à vida, para um sofrimento inqualificável; juntamente com os 6 milhões de judeus, morreram também Testemunhas de Jeová, ciganos, doentes mentais, deficientes físicos, comunistas, sociais-democratas, artistas, e intelectuais opositores ao regime nazista.

Não permitamos nunca que isto volte a acontecer, nem ao nosso povo, nem aos nossos amigos e nem aos nossos inimigos. Que a paz prevaleça, e que a justiça sobreviva sempre para o bem de todos.

O Primeiro Ministro Israelita Benjamin Netanyahu afirmou: "O desejo de destruir o povo judeu permanece, o que mudou foi a capacidade de nos defendermos!"

Holocausto Nunca Mais!!!



Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Cartoon # 18 - The Freddom of Speech and Existence

Eis um cartoon, do jornal israleita o The Jerusalem Post, editado em inglês, e no qual retrata o seguinte diálogo:
Filho - Porque é que os cartunistas são assassinados?
Pai - Por causa da liberdade de expressão.
Filho - E então porque é que os judeus são assassinados?
Pai - Por causa da liberdade de existência.

De Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Citações # 15 - Educação e Pensamento (O Talmud)

O Talmud é um conjunto de escritos, reunidos em vários volumes, que abordam questões legais da vida judaica à luz da Toráh, (Mishnáh), tradições usos e costumes, ou seja a tradição oral da Challachá, bem como questões filosófica relacionadas com a vida judaica.
O Talmud começou a ser escrito no Século I da Era comum, sobretudo após a destruição do Segundo Templo de Jerusalém, há mais de uma versão do Talmud, sendo uma das mais famosas o Talmud da Babilónia.

Filipe de Freitas Leal




Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Livros Sagrados das Grandes Religiões

Nesta altura do ano, celebram-se várias festividades de diferentes religiões, como a Ashura no islamismo, o Chanuká judaico, o Natal no cristianismo, conhecer algumas delas, e em particular os seus livros sagrados na qual se baseiam as diferentes correntes de fé permite-nos de uma forma abrangente compreender melhor respectivamente  as diferentes culturas e as suas tradições religiosas, bem como promover o respeito, eliminar preconceitos e criar um espírito de aceitação numa época cada vez mais a par com a multiculturalidade religiosa.

Nesse sentido, estão abaixo indicados em ordem alfabética alguns dos principais e mais conhecidos livros sagrados, tais como do judaísmo, cristianismo, islão, hinduísmo, taoísmo, espiritismo com acesso para download, tendo ainda um Dicionário e um livro de sociologia das religiões.

Livros Sagrados
 Budismo - Tripitaka
 Cristianismo - Biblia Sagrada
 Espiritismo -  O Livro dos Espíritos
 Hinduísmo - Bagavad Gita e Os Upanishades
 Islamismo - O Corão
 Mormons - O Livro de Mormon
 Taoísmo - O Tao Te Ching

Livros Sobre Religião
 A Bíblia Tinha Razão - Ensaio exegético
 Abstract - ICS/ULisboa - O Estudo das Religiões
 Dicionário - Dicionário Ilustrado das Religiões
 Sociologia das Religiões - O Sagrado e o Profano
 História dos Hebreus - Flávio Joséfo

Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa ONG, vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas filosóficos e poesia.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

19 de Abril de 1506 - O Pogrom de Lisboa

 um monumento em Lisboa, que para além de belo, é de suma importância histórica, por ele passam centenas talvez milhares de pessoas, sem o ver ou vendo sem lhe dar importância devida, trata-se do monumento em homenagem aos judeus mortos no ano de 1506, no chamado "Pogrom de Lisboa" ou a "Matança dos Judeus de Lisboa", página trágica e cruel da nossa história, pois não pensem as gerações atuais que a perseguição e morte de judeus só ocorreu no Holocausto Nazista. Séculos antes por toda a Europa incluindo como aqui vemos Portugal, foram mortos milhares de judeus, quer pela inquisição quer em motins (Pogroms) de cariz anti-semita, tendo o povo judeu sido o bode expiatório para todo o tipo de males sociais.
Era o Ano de 1506, 19 de Abril, Portugal vivia uma seca muito grande, crise económica e peste, nas igrejas rezavam-se novenas, faziam-se procissões e rezavam-se missas, para combater o mal. Naquele fatídico dia segundo foi escrito por cronistas da época, um pseudo milagre estaria a acontecer, no interior da Igreja de São Domingo na baixa lisboeta, um cristão-novo (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo) fez m comentário a desfazer a ideia do milagre, a Ira dos fiéis tornou-se numa turba enraivecida,   as mulheres e homens agarraram nesse e noutros cristãos novos e os espancaram até a morte em frente à entrada da Igreja, depois não satisfeitos com a morte dos inocentes, esquartejaram-nos e fizeram uma fogueira para queimar os corpos, padres dominicanos em vez de conterem a fúria, atiçaram a população para marchar até ao bairro dos judeus, onde famílias foram retiradas de suas casas, homens, mulheres, velhos e crianças, espancados e mortos.
Foi assim durante cinco dias, de uma loucura indomável, que o Rei D. Manuel I, teve de enviar tropas especiais para por cobro à vergonha, visto que amigos e funcionários régios foram mortos, o cheiro dos corpos queimados enchia toda a atmosfera de Lisboa, o ambiente era dantesco. Após as tropas reais reporem a ordem a 24 de Abril, o saldo de mortos ultrapassava os 2500, o Rei mandou retirar do Brasão de Lisboa o título de "Honrada".
O Presidente Jorge Sampaio, foi o único chefe de Estado, que pediu oficialmente na Sinagoga Sharé Tikvah, perdão ao povo judeu pelos erros cometidos no passado, tendo também inaugurado o monumento na fotografia acima.
Este é baseado no artigo: "A matança de Lisboa de 1506" da autoria de Carlos Baptista da Javurah de Lisboa (Espaço Isaac Abravanel)


Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 18 de dezembro de 2011

A Festa das Luzes - O Chanukáh judaico

Nesta altura do ano, em que é grande a movimentação em torno das festividades do Natal e do Ano Novo, em que se vislumbram a Árvore de Natal, o Pai Natal (São Nicolau), as prendas e tantos outros adornos e mimos desta quadra, há também no entanto outras festas, (sinal de que a nossa sociedade é cada vez mais multicultural), e que apesar de desapercebidas no nosso meio, são vividas por pessoas e comunidades de outras confissões religiosas.

Os Ortodoxos por exemplo só comemoram o Natal em janeiro, devido ao Calendário Juliano ainda em vigor nas Igrejas do Leste, mas há outras comunidades que comemoram no fim de ano ou perto dele (e por vezes coincidindo com o Natal) as suas festividades religiosas próprias. É o caso de muçulmanos com a "Ashura" que comemorada a 6 de dezembro e dos judeus que vão comemoraram o Chanuká.

Os judeus em todo o Mundo comemoram nesta altura a Festa das Luzes denominada de Chanuká, em que são erigidas gigantes candelabros nas cidades de Nova York, Rio de Janeiro, Berlim entre outras, em Israel este ano os enfeites das duas festas do Natal e Chanuká, misturam-se e dividem o espaço nos centros comerciais e nas ruas.

O Hanukkah, segundo o calendário hebraico, iniciar-se-á na noite de 25 de kislev de 5772 (20 de dezembro de 2011), em que as famílias judias darão inicio à celebração na noite de terça-feira, ao acender-se a primeira vela da Menorah, chamada de Hanukkiah, cena que se repete nas outras sete noites,  A cada dia acender-se-á uma vela da Hanukkiah até ao oitavo, no qual termina a festa, a nona vela não conta é a que acende as outras (denominada Shumash).
Tal como o Natal, a festa é acompanhada de refeições apropriadas, cantares, danças, trocam-se prendas (em especial para as crianças) e na ceia comem-se doces os "sufganiots" (parecido com donnuts), as crianças brincam, em particular com os piões os dreidels, das ruas consegue-se ver nas janelas os candelabros acesos e nas portas as famílias judias penduram ornamentos brilhantes a condizer com o tema da época, tudo isto que somado ao ambiente festivo, familiar e religioso tornam o Hanukkah uma festa com um grande sentido de identidade judaica que prevalece até os nosso dias.

A origem da Festa é a Celebração da purificação do Templo, que havia sido profanado por ordem do Rei grego seleucida, Antioco IV, em 170 a.E.C; Os Irmãos Macabeus venceram os gregos e encontraram no Templo o Menoráh aceso (que representa a presença divina), mas o azeite que continha dava apenas para mante-lo aceso por mais um dia, no entanto o candelabro sagrado por milagre permaneceu aceso sem cessar por oito dias, os dias necessários para obter mais azeite, é daí que os judeus em todo o mundo comemoram esta data como a Festa das Luzes.

Termino este artigo fazendo votos, de Boas Festas a todos os leitores, de todas as comunidades e tradições culturais ou religiosas em particular um Feliz Chanuká para as comunidades judaicas e Votos de Boas Festas para todos.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Gilad Shalit Regressou a Israel


    Após 5 anos de cativeiro na Faixa de Gaza, tendo sido raptado em 25 de Junho de 2006, pelo movimento radical islâmco Hammas, o soldado israelita Gilad Shalit, pode por fim regressar ontem a Israel, para junto dos seus, na cidade natal de Gilad Shalit, em Nahariya, ouviu-se o toque do Shofar para comemorar este dia histórico para Israel e o Povo Judeu.
        Gilad foi libertado, em troca da libertação de presos palestinianos que do Hammas, quer da Fatah que estavam em prisões de Israel, e que estão agora em liberdade na Faixa de Gaza, de onde não poderão sair.
        Este dia é um grande dia para a causa da paz, e Israel mostrou ao mundo a sua boa vontade e suas boas intenções no intuito de se construir a paz com transparência.
        “Apresentei ao governo um acordo que devolverá Gilad Shalit são e salvo a seus pais e a todo o povo de Israel em alguns dias”, Afirmara o Primeiro-Ministro israelita Netanyahu dias antes do acordo, que foi feito com o patrocínio e esforços do governo egípcio, a quem Benjamim Netanyaju agradeceu, e este acordo é visto pela comunidade internacional como um esforço sincero de Israel na busca da paz.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Anne Frank

Anne Frank, judia alemã, vitima do Holocausto nazista, Anne nasceu a 12 de junho de 1929 em Main, na Alemanha do III Reich, veio a morrer em 1945, vitimada nas câmaras de gás em Bergen-Belsen.
Anne era filha de um casal Otto Frank e Edith Frank Hollander, judeus da corrente liberal do judaísmo progressista.
Em 1941 com o agravamento da situação na Alemanha e o anti-semitismo, a família decide fugir para a Holanda onde se refugiou num sótão de um prédio. Durante o tempo em que esteve escondida com a família Anne escreveu um diário, que foi o seu companheiro confidente e companheiro do dia a dia de um minúsculo espaço onde se agarravam à vida e à sobrevivência, o Diário de Anne Frank é hoje considerado um
livro fundamental para se compreender a situação em que se viam as famílias judias fugidas do anti-semitismo.
Não obstante a família foi descoberta devido a um ladra que fora apanhado e confessado a origem do produto roubado, que levou à casa onde a família Frank estava escondida, tendo sido descobertos os nazistas enviaram a família para campos de concentração, afastadas de seu pai e irmãos Anne e a sua Mãe morreram juntas em 31 de março de 1945. Nesse mesmo ano a Cruz Vermelha encontrou o diário que o entregou a Otto Frank, que relatou o sofrimento de o ler.
O livro foi publicado ainda em 1945, sendo hoje uma das mais marcantes obras literárias que testemunham o sofrimento que viveu todo o povo  judeu durante a loucura nazi-fascista de então. Anne Frank, cumpriu sua missão, legando ao mundo o seu testemunho, passando a ser também livro obrigatório de leitura em muitas das escolas portuguesas, educando assim a juventude ao respeito pelo próximo e a que não se esqueça a história, para que o Holocausto não se repita "nunca mais".
Acima à direita pode se ver a fotografia do edifício que serviu de refugio à família Frank, Anne, o seu pai, a sua mãe e a sua irmã mais velha Margot, viveram ali dois anos que ficaram registados para a posteridade.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 7 de julho de 2007

O Judaísmo - O Berço da Civilização

O Judaísmo, não é meramente uma religião, e nem apenas marcada por dogmas profundos, no judaísmo não se define a divindade, e a vida e o post-mortem não são o centro do judaísmo, o que faz esta religião ser tão especial, é que do seu cunho surgiu a filosofia do Humanismo, e também as duas grandes religiões monoteístas, da revelação ou do livro, o Cristianismo e o Islamismo, o judaísmo não é mera filosofia de vida, é fundamentalmente a religião de um povo que não definindo D-us, conhece-o e relaciona-se com Ele de um modo peculiar de geração em geração, séculos após séculos, com uma verdadeira devoção a um D-us, que não pode ser definido nem representado por imagem alguma, a não ser pela imagem do amor que tem para com seu Povo.
A oração judaica mais conhecida, é por excelência a melhor definição do que é o judaísmo e de quem são os judeus, ou qual o seu propósito, o "Shmáh Yisrael" que diz "Ouve Ò Israel, o Senhor é o teu D-us, o Senhor é Um", e continua,  “Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente”, o que equivale a dizer que a fé em D-us dá-se não só pela adesão, mas uma adesão completa de corpo, mente e espírito.

A aliança com Abraão e os Patriarcas. (1800- AEC)
O Judaísmo יהדות é a primeira religião monoteísta da história, foi a partir de Avraham que o Senhor D-us fez uma aliança, a chamada "Aliança Abraamica", foi então que D-us fez de um só homem, a partir de Ur na Babilónia disse a esse homem para sair de sua terra em direção a Canaã, a Terra Santa, e dele fez um povo numeroso que seria e é o "Povo Eleito", daí pai de nações é o significado do seu nome, devido ao facto de ser o patriarca das três grandes religiões da revelação, chamadas de religiões Abraamicas, ou monoteístas: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islão, em Abraão encontram-se Moisés, Cristo e Maomé.
Abraão fala com os anjos
Mas o mais curioso é que Abraão e Sara não conseguiam ter filhos, e Abraão duvidava, até que teve um filho com a escrava da sua mulher Agar e nasceu Ismael, mas o Senhor não queria assim, quis sim um filho legitimo vindo de Sara que foi mãe aos 90, Abraão foi pai aos 100, e a Aliança dizia que aos 8 dias o menino e todo o varão do clã de Abraão teriam de ser circuncidados, daí o nome do filho é Isaac יצחק, que junta os números cabalísticos 100, 90 e 8 da raiz do verbo rir. No entanto D-us  testa a fidelidade de Abraão, e após mandar expulsar para o deserto Ismael e sua mãe, pede o sacrifício de Isaac, e vê a sua fidelidade absoluta, dando-lhe em troca um cordeiro sacrificial, daí vem a tradição hebraica de sacrifícios no templo, contrastando com os outros povos bárbaros que cometiam infanticídios e sacrifícios humanos em nome de deuses falsos.
O cativeiro no Egito e o Êxodo. (1650-1260 AEC)
Moisés abre as águas do Mar Vermelho
Após Abraão, Isaac foi pai de Jacob que o anjo mudou o nome para Israel,  este de 12 filhos dos quais se formariam as dose tribos de Israel, seus filhos são Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim e uma filha Diná.
José יוֹסֵף, através do qual o clã desceu ao Egito, onde o povo acabou por viver em cativeiro por 400 anos, como havia sido dito pelo próprio D-us a Abraão. É no cativeiro do Egito, que nasceu um líder que os irá libertar Moisés, que se revoltando descobre as suas origens hebraicas e de ter sido salvo das águas de um rio por uma princesa egípcia de nome Seth.
Vai para o deserto e de lá casa, tem filhos até que D-us o chama no cume do monte do Monte Horeb, onde D-us o nomeia libertador do povo hebreu.
Após as sucessivas investidas de Moisés e Araão, e as pragas de D-us culminaram na fuga do povo hebreu do Egito, através do mar Vermelho o povo pisou chão seco e o atravessou em direção a 40 anos no deserto.
Nesse tempo Moisés dá a partir do Monte Sinai, os 10 primeiros dos 613 mandamentos da Toráh, que é a Instrução do judaísmo, e criou-se o Tabernáculo, ninguém daquela geração entrou na Terra Santa.
A Conquista da Terra Santa e os Juízes (1200-1055 AEC)
Conquista de Jericó
Após a conquista gradativa da Canaã, com o seu líder Josué e o seu desaparecimento, criou-se um vazio, pois não havia uma unidade nacional, o país estava dividido em 12 tribos, liderados por seus próprios Patriarcas, tendo apenas a religião, a língua e as tradições culturais como ligação, cada tribo tinha os seus Juízes, que eram homens santos ligados à Religião e à observância da Toráh bem como aos sacrifícios no Tabernáculo.
Mas o povo, entendeu que só uma monarquia forte, como tinham os países vizinhos, e portanto um Rei que os unisse, é que lhes poderia proporcionar vitórias, conquistas e paz.
Assim o Juiz Samuel nomeou Saul da tribo de Benjamin como o primeiro Rei de Israel unificado.
O Reino Unificado de Israel  (1055-931 AEC)
"Saul arremessa lança contra David" por George Tinworth
Uma vez coroado Samuel, começa a governar Israel e o conduz em vitórias, mas começou a entrar em decadência ao cometer transgressões no seu reinado, que o levaram a perder a graça divina, ao invés de se reabilitar Saul cometeu pecados mais graves que acabaram por lhe custar a vida na sua ultima batalha, e lançar o pais na Guerra Civil pela sucessão, opondo o filhos de Saul a David, este último já havia sido nomeado por Samuel, para o substituir, e só assumiu o Reinado de Israel após a morte de Isboset I, filho de Saul.
O reinado de David foi dos mais notáveis da História de Israel, conquistando Jerusalém e fazendo dela a Capital do Reino de Israel, no entanto não Conseguiu construir o Templo, o que só foi realizado por seu filho Salomão, rei de grande sabedoria.Foi um rei amado por muitos, tanto de Israel como de reinos vizinhos, Construiu o 1º Templo de Jerusalém, mas também cometeu pecados por ter casado com mulheres estrangeiras.

Divisão e Cativeiro  (931-586 AEC) 
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No fim do reinado de Salomão, o Reino divide-se entre Israel e Judá, com diversos reinados e guerras civis encarniçadas, pelo meio o pecado da idolatria, e o castigo seria o Cativeiro da Babilónia e Assíria, o cativeiro teve um impacto enorme na vida e religião do povo Israelita, pois tiveram que adaptar a praticar a religião sem o Templo que fora destruído a 9 de Av, daí o jejum de Tesha BeAv. A toráh foi o grande alicerce do povo judeu no exílio. Desse tempo muitos relatos saíram para a Tanakh, como o livro de Ester, o profeta Daniel entre outros livros e histórias que marcaram o povo judaico nesta fase. O que marcou este período foi o aparecimento anterior à conquista de Nabucodonossor, dos profetas que, avisavam e profetizavam o que poderia acontecer, se Israel não se arrependesse de pecar pela Idolatria e desobediência, uma outra consequência do Cativeiro da Babilónia foi a diáspora, e separação de muitos judeus e 10 das doze tribos. Um dos Profetas ditos maiores dessa época, foi Daniel, ele que até hoje tem profecias que se cumpriram no fim dos Tempos.


O Período do Segundo Templo  (450 AEC a 70 EC)
Templo de Herodes
Este período Relata, desde a Reconstrução do Templo por Neemias, até à Destruição do Segundo Templo feito por Herodes, já no ano 70 EC pelos Romanos. Passando Claro pela colonização Helénica de Alexandre o Grande.
Os judeus estavam ansiosos por independência, haviam sido colonizados sucessivamente por vários povos uns atrás dos outros, esperavam pois por um líder Religioso que libertasse o país e o conduzisse à prosperidade, daí a espera no Messias. Foi uma época rica do ponto de vista filosófico e teológico, tais como o Rabbi Hillel, contemporaneo de Jesus Cristo, e surgiram também  muitos movimentos como os zelotas, Essénios entre outros.
A Diáspora e o novo judaísmo (70-1500 EC)
Com o fim das guerras Romano-Judaicas, e a Derrota de Bar Kocbah, nasce uma nova Diáspora. O massacre de "Massada", os milhares de judeus crucificados, e um povo sem templo, partem por expulsão para o exílio em todas as partes do mundo. Os judeus até então compreendiam grupos como os Fariseus, Essénios, Zelotes, Saduceus, nasce o judaísmo caraíta, e vêm nascer no judaísmo os Nazarenos, que se dividiram em Paulinos e Ebionitas, mas acabaram por se separar do judaísmo recusando lutar ao lados dos judeus na defesa do Templo, pois afirmavam que Jesus tinha previsto tal facto.
O apogeu do cristianismo deu-se com a aceitação de gentius e a simbiose de outras doutrinas como a religião pagã dos romanos entre outros. O que facilitou a igreja a tomar atitudes antissemitas e perseguir os judeus mas também os cristãos que praticassem as leis da Toráh tais como Shabat, alimentação kosher, Pessach etc.
Saque do Templo
A partir daqui, a extinção de Essénios e Zelotas, e a separação dos Nazarenos, os judeus do grupo dos Fariseus é que tomam conta do judaísmo na Diáspora.

Surge doravante a reforma do judaísmo, que se faz pelo chamado judaísmo talmúdico, os cristãos e os judeus separam-se definitivamente da fé judaica, no ano 70 EC (da era comum), no Ano de 150 EC, a revolta de Bar Cokba, termina em tragédia no cerco de Massada, Jerusalém é destruída e seria sucessivamente ao longo da História ocupada e reocupada por vários povos, que deixaram sempre à margem o povo judeu, obrigado à exclusão, os judeus são expulsos da sua própria terra, uma vez convertido o Império Romano à nova religião monoteísta, surgirá a prática do antissemitismo, que se prolongará no longo tempo nebuloso da História humana, por mais de 1900 anos, não tendo no entanto conseguido surtir o efeito desejado, da eliminação do povo judeu ou simplesmente da sua fé inabalável em D-us.


O Muro das lamentações tornou-se o símbolo que testemunhou a perseverança, a garra e a fé viva de um povo, que perpetuou na História o seu nome, por mais pequeno que fosse o seu numero, na contagem total dos povos e religiões da Terra, um povo que viu nascer e cair impérios, do Egito à Babilónia, da Grécia a Roma, entre tantos outros como o Império Otomano,  caíram impérios e caíram regimes, das monarquias absolutas e dos seus pogroms, ao fascismo, ao Nazismo e Comunismo, todos caíram, mas os judeus estão de pé, permanecem, no ato continuo e atuante da história que D-us lhes confiou, e ainda assim soube responder ao antissemitismo, sobressaindo-se, tendo contribuído para a Humanidade dando, o seu melhor, em todas as áreas do saber, da ciência e das artes. O Humanismo é um cunho ténue mas permanente no coração da Toráh, e é uma prática que se sobressai na solidariedade que os judeus ao longo de dois mil anos aprenderam a estender a mão (Ten Yad) aos seus e também ao próximo com o anseio da Paz e da Tolerância.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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