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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Galeano - O Grande Pensador Uruguaio

Há ainda quem não tenha tido o privilégio de conhecer a obra, o génio e a alma, daquele que foi o grande poeta e pensador latino-americano o uruguaio Eduardo Galeano.
Confesso que também eu, só muito recentemente tomei conhecimento deste grande pensador, e isso tornou-me mais rico, na medida em que aprendi muito, e no que também me revejo em muito do seu pensamento profundo, livre, criativo, poético, humanista e detentor de uma critica acutilante, marcadamente presente no seu livro As Veias Abertas da América Latina, editado em 1971.
Infelizmente Galeano, deixou-nos pobres e tristes com a sua partida, aos 74 anos, cheguei a lembrar-me de um salmo em que diz: "A vida é até aos setenta anos, o resto é cansaço e enfado".
"Há que lutar por um mundo que seja a casa de todos e não apenas a casa de alguns, e o inferno da maioria."

Foi com Galeano, numa entrevista que deu, que melhor percebi para que servem as utopias, pelo seu modo muito poético e criativo de falar, de acordo com a frase de um cineasta argentino Fernando Birri, que disse assim: "A Utopia está no horizonte, e sei que nunca a alcançarei  porque se caminhar dez passos, ela distancia-se também dez passos mais, e quanto mais a procuro menos a encontrarei, porque se afasta sempre à medida que caminho, e a Utopia serve para isso, para caminhar".





















Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Boaventura de Sousa Santos

A Sociologia de Sousa Santos é reconhecida mundialmente

É um sociólogo português, Nascido a 15 de novembro de 1940, no Município de Penacova, Distrito de Coimbra, Portugal. Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale, Sousa Santos é Professor Catedrático da Universidade de Coimbra e Diretor do CES Centro de Estudos Sociais.

Boaventura de Sousa Santos, defente a complementaridade entre o conhecimento cientifico e o senso comum como um ideal a ser perseguido, defende ainda o ativismo dos movimentos sociais como forma de combater crises.

Tem uma vasta obra escrita, entre os quais podemos salientar O direito dos oprimidos, editado em São Paulo, Brasil pela Editora Cortez; Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos, editado em Portugal pela Almedina.

Hiperligações:
Boaventura de Sousa Santos - Site do Autor
Boaventura de Sousa Santos - Wikipedia

Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Xanana Gusmão distinguido Doutor Honoris Causa

O atual Primeiro Ministro de Timor-Leste, e antigo ativista e lider da resistência e de luta pela libertação do povo maubere à ocupção indonésia, recebeu neste dia 7 de fevereiro o titulo de Doutor Honoris Causa, pelo ISCSP Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas que faz parte da recém unificada Universidade de Lisboa.

O tituto atribuido é mais que merecido, e é sobremaneira o reconhecimento da importância de um grande homem para o  povo timorense, de seu nome de batismo José Alexandre Gusmão, na cidade de Manatuto a 20 de junho de 1946, ainda durante o domínio português de Timor-Leste, tendo inclusive cumprido o serviço militar no exercito português, e posteriormente com cidadão portugês fora funcionário publico, o que lhe permitu continuar os estudos, é no entanto como Kay Rala Xanana Gusmão que é conhecido, tendo-se tornado no rosto mais conhecido a nível mundial da FRETILIN - Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente, e da luta timorense, tendo a viragem a favor da causa, ocorrido com o massacre do cemitério de Santa Cruz, que é mostrada em video para todo o mundo, daí intensificou-se a perseguição a Xanana Gusmão que culminara em 1992 na sua prisão e tortura, sendo só libertado em 1999, por pressão da comunidade internacional, contra o regime de Shuarto e da ocupação torcionária das forças militares indonésias, sobretudo fora a iniciativa portuguesa na altura do Governo de António Guterres que mais pressionou a comunidade internacional em 1999. Culminando na Independencia e na condução de Xanana à Presidência da República de Timor-Leste.

Xanana Gusmão, recebe este titulo pelo estratega, pelo político e pelo diplomata visionário e incansável, que teimou em acreditar que a libertação do seu povo era possivel, e fundamentalmente porque foi após a Independencia um lutador também incansável pela paz social, e as boas relações com os vizinhos indonésios.

De Filipe de Freitas Leal

Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.
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Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A Vida e a Obra do Judeu, Karl Marx

Karl Marx, nasceu no seio de uma família judia, no ano de 1818, na cidade de Trier, situada no Estado da Renânia e no Reino da Prussia, à época do seu nascimento já haviam decorrido quatro anos após a Criação da Liga Alemã, uma união de 39  Estados soberanos com o Parlamento em Frankfurt e o poder político concentrado na Áustria, isto ocorreu após o fim das Invasões napoleónicas, e a consolidação é feita através do Congresso de Viena, no qual um dos objetivos determinantes era sem dúvida, combater as ideias da revolução francesa e as revoluções liberais que se alastravam pela Europa.

É este conjunto de circunstâncias que vai formar o pensamento de Marx, baseado na época em que se desenvolvia a industrialização e cujas relações conturbadas  no seio da sociedade do seu tempo, influenciam e marcaram profundamente a orientação ideológica de Karl Marx e do modo como interpretou a história, a política, a economia e fundamentalmente a sociedade advinda da Revolução Indústrial emergente.
 

Este artigo não visa ser um texto exaustivo, e nem tem a possibilidade de o ser, apenas um mero artigo inicial, que será desenvolvido pelo leitor através das obras em PDF para baixar e ler, tanto da autoria de Karl Marx como sobre a sua biografia.

Os Primeiros anos

Marx era o segundo de nove filhos de Henriette (judia holandesa) e de Herchel um advogado judeu; Mordechai o avô paterno de Marx, era Rabbi na sinagoga de Trier, mas seu pai para contornar o impedimento de exercer o serviço público por ser judeu, mudou o sobrenome para Marx e converteu-se ao Cristianismo Luterano, julga-se no entanto que o pai de Marx tenha mantido as tradições judaicas em segredo.

A Vida Familiar

Marx casou com Jenny Von Westphalen a 19 de Julho de 1843, dessa união nasceram sete filhos, mas devido às duras condições de vida, só chegaram à idade adulta apenas três, Janny Caroline, Janny Laura e Janny Julia Eleanor, no entanto teve também um outro filho com a empregada da família e amante Helena, o menino chamava-se Friederich.

Apesar das dificuldades vividas em Londres por Karl Marx, este sendo um homem culto, procurou dar também às suas filhas cultura e a melhor educação possível, tendo proporcionado às suas filhas aulas de desenho, piano e canto, em parte fruto das suas origens burguesa e judaica, em parte por ser um dos seus ideais, considerando que a liberdade dos assalariados também passa pela aquisição de cultura e esta é fonte de uma forte consciencialização social e política.

A Formação Académica

Marx iniciou os seus estudos universitários em Bonna, para estudar Direito, tendo no entanto desistido do curso de direito, ingressando no curso de Filosofia após transferir-se para a Universidade de Berlim, onde teve como professor o filósofo alemão Hegel como seu professor, e de quem recebeu uma enorme influencia, contudo os estudos de Karl Marx não se fizeram apenas nas cadeiras universitárias, pelo que foi um continuo investigador de ciências económicas, sociais, e de tal forma que o seu pensamento tem influência hoje em variadíssimas áreas cientificas que vão da sociologia à psicologia social, passando pelo direito, economia, ciência política e até na teologia, de forma clara partindo dos seus estudos de análise social e económica multidisciplinares.


O Pensamento Filosófico de Marx

O  seu pensamento tem como base de estudo, o desenvolvimento de uma leitura da sociedade do seu tempo, baseada nas relações de classe e de poder político das elites dominantes e a estrutura histórica e social que sustentava esse organização social. Por extensão à dialética hegueliana, Marx faz uma análise histórica do desenvolvimento das sociedades, desde a Pré-história às grandes civilizações, a partir da evolução histórica; E aqui temos uma forte influência da dialética de Hegel, no seu pensamento, Marx no entanto critica o  seu antigo professor, porque o idealismo hegueliano via a filosofia a influir na realidade, ao contrário do pensamento marxista, que concebe a filosofia a partir da realidade, e para haver uma mudança social e transformadora é preciso um pensamento de cariz revolucionário. 

No que concerne à filosofia da história, analisa as relações sociais, baseado em estruturas económicas e políticas, que de revolução em revolução social, desenvolvem novas formas de organização politica e económica, mas tendo como aspecto central a exploração do homem pelo homem. Neste sentido, do clã pré-histórico, ao esclavagismo, passando pelo mercantilismo colonialista, ao capitalismo, Marx crê que o fim da História seria o auge de uma sociedade sem classes, onde fosse suprimida a exploração do homem pelo homem, e isto só poderia ser a evolução do capitalismo em direção à social-democracia, por sua vez ao socialismo e por fim o comunismo, ou seja a sociedade comum, sem classes.

Quanto ao criticismo religioso, o materialismo dialético de Marx, dito de ateísmo materialista, não é necessariamente um dogma religioso da descrença de uma divindade criadora, sabe-se através da correspondência que mantinha com Engels, que acreditava e tinha fé, sendo critico sim da religião como instrumento de manipulação das classes dominadas.


A Obra Marx

Marx é considerado mais como um pensador, um filósofo e um economista, mas na realidade a importância da sua obra incide muito nos estudo sociológicos; O seu contributo para a Sociologia é tão grande, que até mesmo dentro do corpo teórico do Serviço Social, podemos encontrar a corrente Marxista, e não falamos aqui de um marxismo político, mas de uma leitura sociológica feita por Marx e que é aplicada na Práxis do trabalho social, a luta fundamental de Marx, pode resumir-se em Justiça Social.

Do total da sua obra, pode-se dizer que o expoente máximo, que envolve várias das áreas acima citadas, possa ser considerado "O Capital", obra em 4 tomos, que escreveu durante longos anos e que só foi terminado pela colaboração do amigo Friederich Engels, que publicou os últimos tomos após a a morte de Marx, sendo um dos livros mais publicados na história da filosofia e ciência politica e económica, no entanto não devemos ficar por aqui, a obra de Marx é mais vasta e abrangente do que se possa pensar à partida, a sua obra foi obviamente marcante também, por ser um contributo ideológico na Ciência Política, na Filosofia, História e também na Economia,


Marx e o Marxismo

Para se ter uma noção do pensamento de Marx, é preciso dizer antes de mais, que tem hoje em dia uma conotação ideológica que é na verdade um tanto quanto diferente do seu pensamento genuíno, isto porque o Marxismo é comummente identificado com doutrinas políticas que não são genuinamente marxistas no seu sentido restrito, tais como as alterações ideológicas feitas pelo pensamento de Vladimir Lenin, Josef Stalin, Leon Trotsky e Mao Tse Tung.

Posto isto, por outro lado, o Marxismo pode ter conotações meramente cientificas, que partem da sua análise sociológica, histórica e da dialética hegueliana dos seus estudos no campo da sociologia, história, economia, e também do serviço social, mas teve sobre maneira uma influência crescente nos meios intelectuais, académicos e operários sindicalistas, no fim do século XIX e inicio do Século XX.

A Morte de Karl Marx

Marx morreu em 1883, de bronquites dois anos após a morte de sua mulher, que o deixara deprimido e fisicamente debilitado, tendo sido sepultado em Londres a cidade onde vivia.

Livros para Baixar em PDF

 A Ideologia Alemã - Download PDF
 A Questão Judaica - Download PDF
 O Capital - Tomo I - Download PDF
 O Capital - Tomo II - Download PDF
 O Manifesto Comunista - Download PDF
 Vida e Obra de Marx e Engels - Download PDF

Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 6 de maio de 2012

Fernando Lopes, Um Realizador do Cinema Novo

Cineasta português, cujo nome completo era Fernando Lopes Marques (1935-2012), nascido em Alvaiázere, no interior de Portugal, foi aos 12 anos para Lisboa, começou a trabalhar ainda menino e a estudar à noite no curso comercial, cedo se iniciou no mundo do cinema e em particular no cine-clubismo, do qual fora fundador do "Cineclube Imagem", trabalhou também na RTP Radiotelevisão Portuguesa no canal 2, onde adquiriu muita experiência como assistente de montagem e daí partiu em busca do mundo da realização como bolseiro em Londres e depois nos Estados Unidos onde viveu três anos a estudar cinema, na RTP fez um excelente trabalho e deixou um modelo do que deve ser um serviço publico cultural na televisão.
Dos seus filmes, os mais emblemáticos são:  "Belarmino" realizado em 1964, que relata a história de um lutador de box: "Uma Abelha na Chuva" de 1971 e "Crónica dos Bons Malandros" de 1984, que passa para o grande ecrã o livro de Mário Zambujal. Fernando Lopes, fez parte da corrente estética de vanguarda, denominada de Cinema Novo, que surgira nos anos 60 do séc. XX e visava precisamente romper com a estética e o cunho fascista no cinema de então.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Morte de Sanhá e a Busca pela Paz e a Estabilidade em Bissau

A morte do chefe de Estado da Guiné-Bissau, Malan Bacai Sanhá (1947-2012), é tida pelos observadores internacionais, como um teste de força à estabilidade política e ao desenvolvimento democrático do país.

Malan Bacai Sanhá, nasceu a 5 de maio de 1947 na cidade de Dar Salam, no sul da Guiné-Bissau, e faleceu recentemente em Paris, na passada segunda-feira, dia 9 de janeiro, vindo uma vez mais, fazer pairar no ar o medo da instabilidade política no país, fazendo lembrar a ausência de poder com o assassínio de Nino Vieira, em 2009.

Membro do PAIGC Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, (partido-único que fazia parte dos governos de dois estados aos mesmo tempo até ao golpe de estado que em 1980 derrubou Luís Cabral e o PAIGC de Cabo Verde rompeu com o da Guiné-Bissau, passando a designar-se PAICV Partido Africano para a Independência de Cabo Verde). Depois da independência Sanhá foi governador das província de Bafatá, sendo mais tarde eleito Presidente da Assembleia Nacional Popular, tendo sido eleito nas eleições subsequentes em junho de 2009, tendo tomado posse na Presidência da República no dia 8 de setembro desse ano.

O vazio de poder, não se fez sentir, pois já era esperada a morte de Sanhá, que estava internado num Hospital parisiense, Raimundo Pereira, Presidente da Assembleia Nacional por inerência do cargo tomou posse no mesmo dia.

No entanto, o que faz pairar o espectro da instabilidade é a intentona que se verificou em dezembro do ano passado em Bissau, tendo sido no entanto negada essa intentona pelas autoridades guineenses, o facto é que detenções nas forças armadas foram feitas, sendo no entanto de observar que com o morte do Presidente ausente, e o regresso do seu corpo para o funeral de estado, tem unido os guineenses, que comovidos mostram a sua esperança de unidade e concórdia para o país.

Esperamos que de facto a paz vença, que o progresso rompa as suas barreiras, que a democracia vingue permanentemente e sorria para as gerações futuras, não apenas na Guiné Bissau, mas para todos os povos africanos num prisma de uma cidadania ativa e respeito pelos direitos humanos.
                    

          

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Prémio Cervantes 2011 - Nicanor Parra


          O Prémio de Literatura em Lingua Castelhana «Miguel de Cervantes» de 2011, foi atribuído hoje dia 1 de dezembro, ao escritor e poeta chileno Nicanor Parra, é a terceira vez que um escritor chileno recebe este prémio, que é atribuído anualmente pelo Ministério da Cultura de Espanha desde 1976.
          O poeta de seu nome completo Nicanor Parra Sandoval, foi ptambém conhecido pelo pseudónimo de Don Nica, nasceu em 1914 em San Fábian no Chile, estudou Matemática, Fisica e Engenharia na Universidade de Santiago do Chile, posteriormente nos Estados Unidos e Inglaterra estudou Engenharia e tornou-se professor no seu regresso ao Chile já casado com uma sueca de nome Inga Palmer.
          Juntamente com outros escritores fundou a "La Revista Nueva", revista de critica literária que vem dar voz e espaço ao movimento denominado de Antipoesia, no mesmo ano (1935) edita o seu primeiro livro de poesia: "Gato en el camino", Parra no entanto tinha um estilo poético que se opunha ao tradicionalismo de Pablo Neruda, daí denominar aos seus escritos de "Antipoemas".
          Como poeta não poderia deixar de ser um idealista, e aos 96 anos iniciou uma greve de fome em apoio aos presos políticos das comunidades indígenas Mapuche, que reivindicavam autonomia no Chile.

El Pelegrino
Atención, señoras y señores, un momento de atención: 
Volved un instante la cabeza hacia este lado de la república,
Olvidad por una noche vuestros asuntos personales, 
El placer y el dolor pueden aguardar a la puerta: 
Una voz se oye desde este lado de la república.
¡Atención, señoras y señores! ¡un momento de atención!

Un alma que ha estado embotellada durante años
En una especie de abismo sexual e intelectual
Alimentándose escasamente por la nariz
Desea hacerse escuchar por ustedes.
Deseo que se me informe sobre algunas materias,
Necesito un poco de luz, el jardín se cubre de moscas,
Me encuentro en un desastroso estado mental,
Razono a mi manera;
Mientras digo estas cosas veo una bicicleta apoyada en un muro,
Veo un puente
Y un automóvil que desaparece entre los edificios.

Ustedes se peinan, es cierto, ustedes andan a pie por los jardines,
Debajo de la piel ustedes tienen otra piel, 
Ustedes poseen un séptimo sentido
Que les permite entrar y salir automáticamente. 
Pero yo soy un niño que llama a su madre detrás de las rocas,
Soy un peregrino que hace saltar las piedras a la altura de su nariz,
Un árbol que pide a gritos se le cubra de hojas.
      
          
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - Convertido pelo Lince

Mahatma Ghandi - Citações

Mohandas Karamchand Ghandi, Nasceu na Índia, na cidade de Porbandar, no dia 2 de outubro de 1869 e morreu assassinado em Nova Deli a  de janeiro de 1948.
Chamado de Mahatma que quer dizer Grande-Alma, foi um dos mais proeminentes líderes políticos da Índia, e um dos maiores Humanistas da História, tendo influenciado muitos outros lideres e ativistas dos direitos humanos a nível mundial.
Grande propulsionador do movimento não violento pela independência da Índia contra a dominação britânica, e autor dos mais belos discursos da sua época.
A sua formação académica foi feita em Londres, licenciando-se em Direito, posteriormente exerceu advocacia na África do Sul, regressando à Índia, onde viria a encabeçar o movimento pela independência.

Citações de Ghandi:

“Não quero ver meu lar emparedado, nem minhas janelas calafetadas. Quero sentir as culturas de todas as terras circulando nele em máxima liberdade. Repugna-me, porém, que o sopro de algumas delas me desloque das raízes. Minha religião não é o credo da clausura. Comporta em seu seio a mais humilde das criaturas de Deus. Mas é impermeável a toda a arrogância e a todo o preconceito, seja ele de raça, religião ou cor.”

"Há um Poder misterioso e indefinível que tudo permeia; eu o sinto, ainda que não o veja. Sentimos a presença desse Poder invisível, e, no entanto, ele desafia toda a nossa demonstração, porque é tão diferente de tudo que percebemos com os sentidos. Ultrapassa os sentidos, mas é possível, até certo ponto, raciocinar sobre a existência de Deus".

“Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo.”

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pablo Neruda - Um Poeta Humanista

Pablo Neruda nasceu no Chile na cidade de Parral, em 1904 no dia 12 de julho, tendo sido batizado com o nome de Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto.

Neruda nasceu numa família humilde, filho de um operário dos caminhos de ferro (José Reyes Morales), e de uma professora (Rosa Basoalto Opazo) que não chegou a conhecer devido a ter sido morta quando Neruda ainda era bebé.O seu nome foi legalmente modificado para Pablo Neruda, pseudónimo adotado na juventude seguindo a influencia do escritor Checo Jan Neruda.

Formou-se em Pedagogia na Universidade do Chile em Santiago, mais tarde vai para a carreira diplomática e chega a ser Embaixador do Chile em Rangun (Birmania), entre outros países esteve em Espanha, mas foi afastado devido à Guerra Civil Espanhola.

Conotado com a ideologia comunista é apoiante de Salvador Allende, que vence as eleições pelo Partido Socialista coligado com o PCC Partido Comunista Chileno.

Recebera o Prémio Nóbel da Literatura em 1971, e fora convidado por Salvador Allende para ler poesia para mais de 70 mil pessoas no Estadio Nacional de Santiago do Chile.

Foi proscrito pelo regime de Augusto Pinochet, e morreu pouco depois, com cancro da próstata, no ano seguinte foram publicadas postumamente as suas memórias "Confesso que vivi".

Da sua extensa obra de poesia destacam-se "Vinte poemas de Amor e una cancion desesperada", "Canto General", "Crepusculário", "Confesso que vivi" entre outros.

Referencias de Consulta:

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Voltaire

Figura incontornável da cultura, Voltaire, aliás nascido François Marie Arouet, foi um notável filósofo, ensaísta e escritor francês, nascido no seio de uma família burguesa, na cidade de Paris no ano de 1694, tendo vindo a falecer em idade já avançada, na mesma cidade em 1778.
Foi acérrimo defensor do Iluminismo e das liberdades, incluindo a liberdade de expressão, a liberdade religiosa e o livre comércio.
Voltaire era um pensador nato, com uma grande perspicácia sendo dos mais espirituosos homens do seu tempo, tendo deixado como legado à humanidade e à cultura, uma vasta obra, de romances, poesia, teatro, diversos ensaios e variadíssima correspondência, obras que no seu conjunto vieram a influenciar pensadores e lideres ligados à Revolução Francesa e à Independência das treze colónias que viriam a ser os Estados Unidos da América.
Voltaire não era muito favorável à Igreja Católica Romana nem ao antigo regime da monarquia absoluta, pelo que usou da sua obra literária de forma bastante sarcástica, para criticar no catolicismo e no regime absolutista, tudo o que pudesse impedir o desenvolvimento cientifico, económico e social da altura, e essa oposição devia-se ao facto de além de iluminista, Voltaire era partidário da "Reforma Social", tendo chegado a elaborar um conjunto de leis a ela relativas, no entanto foram consideradas, leis bastante rígidas no que se refere à punição do não cumprimento das mesmas, criticas aliás às quais Voltaire era incólume.
A sua maneira desprendida e despretensiosa de ser e pensar, levaram-no muito cedo ao cárcere na Bastilha, onde aliás escreveu um livro (Édipo) em 1718, e mais tarde chegou a ter de fugir de França e viveu como exilado político por três anos no Reino Unido onde conheceu o filósofo inglês John Locke, de quem se tornou amigo.
Voltaire já no fim da vida, adere à maçonaria e viria a ser iniciado numa loja maçónica de Paris no ano de sua morte em 1778.

Das suas obras as que mais se destacam são "Cândido", "Édipo", "Cartas Filosóficas", "Dicionário Filosófico" dentre outras, das várias obras, do seu vasto e profícuo labor das letras e do pensamento.
Por Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Herbert Spencer e o Espectro de Comte

1 – Introdução

"A cultura do espírito aumenta os sentimentos
de dignidade e de independência."
Herbert Spencer
        
O presente trabalho académico, aborta a fase da fundação e consolidação da sociologia como ciência, sobre a influencia do seu principal fundador, no pensamento sociológico de Herbert Sepencer, embora tenha sido de modo transversal criticado por outros sociólogos...

2 – Spencer e o seu pensamento

"A opinião é determinada, em última análise,
pelos sentimentos e não pelo intelecto."
Herbert Spencer

Herbert Spencer foi um filósofo e sociólogo inglês, nascido em 1820 e falecido em 1903, conhecido por ser um pensador evolucionista, tentou aplicar as suas ideias de evolucionismo à Biologia, Psicologia, Sociologia, ética e também à política.

É de Spencer a ideia da Selecção natural em sociedade, pela eliminação dos mais fracos, ideia hoje denominada de “darwinismo social”, as suas principais obras foram “A Filosofia Sintética” em 1896 e “Social Statics”.

Spencer influenciou muito o pensamento científico estadunidense, não tendo no entanto influência expressiva no pensamento francês devido às críticas vindas de Durkheim e dos positivistas comteanos em particular. Era admirador de Charles Darwin e do seu evolucionismo.

Tanto Auguste Comte como Herbert Spencer eram os autores dos novos sistemas filosóficos que, acreditavam, terem sido construídos sobre as bases firmes da ciência, e ambos estavam convencidos de que a sociedade deveria ser reconstruída de acordo com as verdades de suas filosofias. No entanto os positivistas acreditavam que Spencer tinha sido influenciado sobremaneira por Augusto Comte, mesmo que de forma inconsciente essa critica acentuou-se inclusive quando da classificação Spenceriana da ciência.

Spencer viveu ainda perto de meio século após a morte de Augusto Comte, tendo atingido um grau de importância que deveria tê-lo permitido ignorar as provocações dos seus críticos positivistas, que o abalavam, sobretudo quando os positivistas receberam apoio de críticos não positivistas. No entanto era ele mesmo um positivista.

O século XX eclipsou as teorias de ambos, dificilmente se veria o interesse que despertaram no século XIX, época da unificação do conhecimento científico e da descoberta das leis da sociedade que haviam sido o grande sonho da ciência e filosofia.



3 – Spencer e a classificação das ciências

"A civilização é um progresso de homogeneidade
Indefinida e incoerente rumo a uma
heterogeneidade definida e coerente."
Herbert Spencer

Recentemente estudiosos do assunto, afirmam que Spencer tenha tido um grande grau de independência face a Comte no seu pensamento filosófico sociológico.1*.

As divergências fundamentais entre ambos, deviam-se sobretudo a Comte ter tido uma visão fixa das espécies e a acreditar que era o último grande expoente do universo equiparado a Newton, Spencer ao contrário era um defensor da ideia da evolução, tendo ficado horrorizado com o apoio que as afirmações de Comte receberam, sendo o conflito entre Spencer e o positivismo essencialmente baseado na classificação das ciências e da religião da humanidade.

A filosofia positivista de Auguste Comte foi construída em dois princípios interligados, “a lei dos três estágios” e a “classificação das ciências”.

A lei dos três estágios para Comte foi derivada da evolução da mente colectiva da humanidade através de três grandes fases - a teológica, a metafísica e a positivista.

A “Classificação das Ciências” representa a ordem hierárquica em que o "resumo" das ciências - matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia, e (depois) ética - atingem a fase positivista.2* Montada como um sistema de escada, foi destinado a demonstrar que tinha chegado o momento para a sociologia entrar na fase positiva. Como as outras ciências, a sociologia devia ser estudada por um método peculiar para si, a história.

Comte começara a esboçar os padrões gerais e os detalhes minuciosos da sociedade e da religião do futuro, e baseado na visão do alto da escada se tornara evidente uma vez que as ciências mais elevadas foram dependentes das anteriores, Comte proclamava, a loucura daqueles que buscam o conhecimento completo, visto ser possível obter uma síntese do conhecimento que deveria ser no entanto subjectiva, esta ideia é a herança que Comte herdara do século XVIII, como a missão de trazer a unidade do conhecimento com o propósito de servir a humanidade.

Quando Spencer chegou a Londres em 1848, já os escritos de Comte e das suas ideias positivistas eram lidas e conhecidas em Inglaterra, tendo inclusive recebido tanto admiradores como críticos. Não se sabe ao certo em que época Spencer tenha tomado conhecimento das ideias e da obra de Comte. 3* Ambos encontraram-se brevemente em 1856, que foi um encontro estéril de frutos intelectuais. 

Spencer escreveu um livro denominado “a génese da ciência” que inicialmente fora escrito em artigos de revista, onde criticava as ideias de Comte em particular na divisão comteana da ciência.

Para simbolizar a organização e classificação do conhecimento, Spencer em vez da escada de Conte, preferiu usar uma árvore (tronco comum e ramificações sugerindo constante interacção, bem como evolução do homogéneo para o heterogéneo e do simples para o complexo, bem como do mais desorganizado para o mais organizado.

É baseado nestes princípios que Spencer desenvolve os seus conceitos sociológicos, onde ele vê a sociedade como um organismo vivo, em constante mutação e progresso.           
A partir do livro “Principles of Psychology” (1855) inicia-se a noção científica de medir diferenças. 4*

Portanto podemos aferir, que Spencer baseado inicialmente no positivismo, acaba por criticar Comte, devido à sua ideia de evolucionismo social, propondo uma classificação científica baseada nessas ideias que haviam sido fundamentadas já na Biologia inicialmente, mas estendeu à sociologia, economia e política, formando um sistema coerente do conhecimento científico e filosófico do seu tempo, de acordo com os ideais do Liberalismo da época.

Em suma é a critica a Comte e a “Reelaboração” de uma Classificação das Ciências, que está a maior contribuição de Herbert Spencer para as ciências, sobretudo no final do séc. XIX e inicio do séc. XX. Classificação essa que divide em três grupos: 1º - As Ciências Abstractas (lógica e matemática); 2º - As Ciências Concretas (astronomia, geologia, biologia e psicologia) e 3º - As Ciências Concreto-Abstratas (mecânica, física, química.).


É também de Herbert Spencer a defesa de um ensino básico obrigatório e laico, bem como das ideias liberais da não intromissão do Estado na economia.


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Referências:

1. W. M. Simon, o positivismo europeu no século XIX: Um Ensaio em História Intelectual (Ithaca, 1963), p.217-19
2. "Ética," a ciência abstracta de indivíduo, não fazia parte da hierarquia desenvolvidas em Auguste Comte, Cours de philosophie positive (1830-1842). Foi adicionado em 1852, quando Comte estava escrevendo o Système de politique positive (1851-1854).
3. Comentários do Cours ou partes dele apareceram na Edinburgh Review, LXVII (1838), 271-308, e em Blackwood's Magazine, LIII (1843), 397-414. Comte foi elogiado em JS Mill, A System of Logic (Londres, 1843), e no GH Lewes, Uma História Biográfica da Filosofia (Londres, 1845-1846). Ele se correspondia com Mill, Alexander Bain, e Lewes, entre outros, nas Ilhas Britânicas. Ele tinha um número de admiradores de Oxford, que formaram o núcleo do positivismo organizado na Inglaterra.
4. Herbert Spencer, "A Génese da Ciência," As discussões recentes na ciência, Filosofia e Moral (Nova Iorque, 1871), p. 190-201.

4 – Bibliografia

Eisen, Sidney. Herbert Spencer and the Spectre of Comte – Journal of British Studies, Vol. 7, Nº. 1 (Nov., 1967) pp. 48-67
Stolley, Kathy S. The Basics of Sociology  Greenwood Press – London 2005. Pp 4 e 37
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Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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