quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O Mais Importante é Não Perder a Paz

Mais importante que ganhar a guerra, é não perder a Paz.
Neste momento é o que se tem vindo a perder, numa espiral de violência
em todo o Mundo Árabe. Resta saber até onde irão soprar as ondas de choque deste terramoto político, religioso e cultural do Médio Oriente, face a uma ONU que na prática é um boneco de faz de conta, e face ao Ocidente EUA e Europa divididas e decadentes, bem como a perda da influencia das Igrejas Cristãs na sociedade moderna?!?

Nada se perde tudo se transforma, o que hoje é uma crise económica, poderá ser amanhã uma crise política, cultural e assim sucessivamente, até entrarmos numa crise civilizacional, com novos valores, novas culturas, e novos modos de exercer o poder sobre as massas dominadas (quer elas se apercebam disso quer não) esta civilização que as pessoas da minha idade e mais velhas conheciam, está a ruir, não é apenas a evolução dos tempos modernos, com novas tecnologias, é um ruir de valores elementares, dos quais se formaram as bases para a Democracia e o Estado de Direito. É do oriente que vem os novos ventos, que impõe a mudança, foi assim que nasceu a Europa, vinda do Oriente (Anatólia) voando sentada em cima de um touro alado.

Embora a História se repita, e muitas crises sejam cíclicas, quando voltam deixam sempre marcas profundas e irreversíveis, e face ao recrudescimento das convulsões políticas no mundo árabe, a posição da diplomacia Argentina de retirar a cidadania a cidadãos israelitas com dupla nacionalidade bem como a pressão dos países europeus contra a ofensiva israelita, é exatamente o que Israel deveria ter evitado, ou previsto e é precisamente o que o Hamas desejava, pois o enfraquecimento militar do Hamas através dos bombardeamentos israelitas, não é nada comparado com o fortalecimento que lhe é dada à sua posição política, quer a nivel internacional e sobretudo a nível interno do mundo árabe, isolando Marhmoud Abbas e a Al-Fatha, e este sendo substituído na liderança teremos uma radicalização e um retrocesso na política da Autoridade Palestiniana, e ainda maior nos movimentos extremistas islâmicos que se espalharam por todo o mundo.

Temos muitas perguntas, observamos muitos factos, e através de meios de informação diversos, e por vezes parciais e tendenciosos, de tal modo que não obtemos respostas, mas ainda que sem respostas para todas esta crise civilizacional, a única bandeira em que eu acredito é no Humanismo.

É o Fator H, o que não pode faltar seja em que cultura for, as pessoas estão e deverão estar em primeiro lugar, na construção de um mundo melhor, ainda que as civilizações sejam mutáveis, ou morram tal como nascem. Mas que não deixemos morrer em nós os valores maiores, que as civilizações anteriores nos trouxeram, seja do cultura greco-romana, da religião judaico-cristã,, seja do renascimento, ou da cidadania e dos Direitos Humanos nascida com a Revolução Francesa, o Humanismo é o que nos trouxe até aqui, e é o que nos permitirá ir mais longe, porque mais importante que ganhar a guerra seja contra o que for, tal como D. Quixote contra os Moinhos, ou seja contra inimigos reais, o que não podemos perder é a PAZ que emana do ideal do Novo Humanismo.

Por Filipe de Freitas Leal


Autor Filipe de Freitas Leal

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Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

1 comentários:

Filipe de Freitas Leal disse...

O Líder do Hamas, Ismail Hanyia declara vitória sobre Israel, com o apoio diplomático da Argentina, Brasil, Venezuela, e Bolívia. Tudo graças aos Escudos Humanos e ao facto de Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו não ter sabido observar a mudança dos ventos que sopram do Oriente sobre a Europa e a América. no que concerne ao campo diplomático.

O Enfraquecimento de Mahmoud Abbas, é visível no campo interno, e é imprevisivel saber ainda, o que virá a seguir, Abbas foi o lider palestiniano que teve a coragem de orar pela paz com o Papa Francisco e o Presidente israelita, poderá ter-se tornado na primeira vitima política, da vitória diplomática do Hamas e das disputas internas do Mundo Árabe.

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