quarta-feira, 30 de abril de 2014

Menor Crescimento Económico na América Latina

Prevê-se que em 2014, o crescimento económico na América Latina, deverá abrandar, acordo com os dados fornecidos pela CEPAL Comissão Económica para a América Latina e o Caribe, será aproximadamente da ordem dos 2,7% de crescimento e isso deve-se ao baixo nível de atividade na economia do Brasil e do México.
O Brasil e o México, sofreram com a desaceleração continuada no comércio externo, a crise do mercado mundial, e especialmente na Europa, para além disso há condições mais difíceis e menos favoráveis para os mercados de exportação, e por outro lado está a abrandar naturalmente a economia depois de um boom nos anos anteriores, e a crise ainda pode causar mais desemprego e gerar assim a descida dos salários queda dos salários, devido à diminuição da procura interna.

Esta fragilidade nos mercados mostra-nos que é preciso haver uma preocupação dos governos latino-americanos para uma maior justiça social, e isso demonstra a necessidade de uma economia de rosto humanista.
Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 27 de abril de 2014

25 de Abril 40 anos depois.


Hoje em Portugal, passados 40 anos da Revolução vemos pessoas que falam do 25 de Abril de um modo tímido, ou com receio de ferir suscetibilidades, acerca do passado, e cada vez mais fazem parecer que se está no 24 de Abril, sobre tudo falam com muito cuidado, mas afinal medo de quê, da verdade ou da frontalidade com o que de facto se pensa e crê, mesmo correndo o risco de se estar errado, ligeiramente errado, ou errado de todo? Ou falta-lhes a coragem de defender um regime de exceção, ou da desilusão de uma democracia que parece ter construído uma sociedade que não é para todos igual? Ora a liberdade de expressão e de pensamento são componentes inalienáveis a uma verdadeira cidadania, da qual se faz verdadeiramente um país. Passo pois a citar o que deveras se comemora hoje passados 40 anos do 25 de abril de 1974, e falo do que de facto é para mim a Revolução dos Cravos, mesmo correndo o risco de estar errado, não o correrei certamente, no que vivi e presenciei.
O 25 de Abril não foi em si mesmo mau ou bom, foi antes a consequência inevitável da inércia política de Marcello Caetano, em democratizar o país e acabar com a guerra colonial que se arrastava desde 1961 nas possessões portuguesas em África, em particular a Guiné Portuguesa, Moçambique e Angola, e alias como o próprio Marcello Caetano havia prometido ao país em setembro de 1968, quando tomou posse após o afastamento de Salazar por doença grave, nessa data Caetano iniciara então o que veio a chamar-se de Primavera Marcellista.
Do mesmo modo não tento aqui denegrir a imagem do último Presidente do Concelho do Estado Novo, mas de fazer justiça à história, Marcello Caetano era um homem culto, e de grande competência no Direito Internacional, no entanto não era hábil politicamente, muito embora inicialmente tivesse tido objetivos claramente positivos na tentativa de modernizar o país algo que em parte fez, com o Projeto turístico de Vila Moura, no Algarve, e com o desenvolvimento exponencial do Complexo Industrial de Sines, sem falar claro nos PND's Planos Nacionais de Desenvolvimento, planos quinquenais, e que marcaram essa tentativa de um Milagre Económico Português, que se revelavam infrutíferos devido à despesa pública que a Guerra Colonial impunha ao país, na sangria de nossos jovens nos campos de combate no Ultramar, e na emigração em massa, dos que fugiam não só da pobreza mas da guerra.
É também de salientar a tentativa de promover a aceitação de Portugal junto aos seus aliados, como o Brasil, (visita triunfal em 1972 aquando da entrega dos restos mortais de D. Pedro I)  e com os vizinhos Europeus do qual sai o descalabro da visita ao Reino Unido em 1973, afetada pelo escândalo do Massacre de Wiriamu em Moçambique, sem falar do caso da Capela do Rato, em que forma presos personalidades como Francisco Pereira de Moura e Jorge Sampaio, ou ainda das eleições legislativas de 1973 em que a CDE Comissão Democrática Eleitoral, retirara-se da corrida eleitoral, e a ANP Ação Nacional Popular concorre sozinha, tão ao jeito de regimes de exceção ou mesmo partido único.
Claro está que após o 25 de Abril, houve consequências, das quais se sucederam em fenómenos maus e até traumáticos para a sociedade portuguesa, tal como ocorreria em qualquer processo revolucionário, foi assim com a Revolução Francesa, foi igualmente traumático a Revolução da Industrial, que imensas transformações trouxe à nova sociedade nascida dos escombros da sociedade agrícola, e também foi traumática a Revolução de 5 de Outubro de 1910, que trouxe ao país um desequilíbrio no âmbito político, económico e social.
E isso deve-se sobretudo a traumas, decorrentes da acirrada luta pelo poder, feitos na dicotomia esquerda x direita, sendo que na altura pairava sobre toda o Mundo a aura da Guerra Fria, o que estava em jogo era saber, e também decidir para que lado pendia o novo regime, e por vezes o país quase saiu de uma ditadura para ingressar outra, sem falar que no Verão quente, contam-se as espingardas, e no 25 de novembro de 1975, a ultima cartada foi jogada, colocando o país à beira da Guerra Civil, ou mesmo da divisão do país em dois.
Contudo não ponho em causa, o modo errado como as colónias foram libertadas, mas não nos podemos esquecer que Salazar votou o nosso país ao total atraso económico, social e até político do ponto de vista internacional. O 25 de abril veio permitir assim, tentar corrigir esses erros, claro que no entanto e como eu disse antes, Quarenta Anos depois, os ideais foram esquecidos, as conquistas de Abril perderam-se e a democracia não chegou a atingir o seu ápice; As gerações mais novas não lhe dão hoje o devido valor, pois não sabem o sabor da liberdade, no exato momento em que se a conquistou e não sabem ver nos sinais mais atuais o perigo de se a perder de novo, sem sequer darmos por isso.
Comemorar abril, não é comemorar os erros que foram feitos, comemorar abril é lembrar que hoje a liberdade é uma responsabilidade de cada um, como cidadão e que o futuro do nosso país passa indubitavelmente pela nossa responsabilidade. Sobretudo quando paira sobre a Europa o perigo do renascer do neofascismo e da extrema-direita que cada vez mais ganha força, com discursos racistas, antissemitas e xenófobos.


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 19 de abril de 2014

19 de Abril - Dia do Índio

Os povos indígenas do Brasil, recebem no dia de hoje, a homenagem maior, do reconhecimento e da importância da sua contribuição na mesclada brasilidade, rica em cores, em sons e em afetos. Reconhece-se ainda a sua contribuição para os sabores, os paladares, as palavras que enriqueceram ainda mais o português hoje falado, a sua contribuição no artesanato em particular nas redes onde nós todos gostamos de descansar.

As suas flautas, as suas canoas, enfim toda a sua cultura é hoje um património de valor incalculável, e ensinam-nos a viver em sintonia com o ambiente, no respeito da fauna e da flora, que se tornaram deste a tenra idades dos povos, a casa mais preciosa que a humanidade tem, e tem ainda mais que sabre preservar.

O Dia dos Índios, foi decretado pelo Presidente Getúlio Vargas, e é comemorado a 19 de Abril, desde o ano de 1943, de lá para cá, houve muitos progressos, mas no entanto a agressão aos índios ainda não cessou com a Independência, ou com a Proclamação da República, ou ainda com o retorno à democracia, a Aurora dos povos indígenas necessita de muito mais que aceitação, ou tolerância, necessita sim de integração, e de forma real e inequívoca na sociedade moderna dentro de uma cultura brasileira e humanista.

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Gabriel García Márquez - O Mago Realista

Gabo, como era conhecido Gabriel García Márquez, foi um dos escritores de língua espanhola mais famosos, há quem diga que terá sido superado somente por Cervantes, tendo sido traduzido em mais de 36 línguas, num total de 40 milhões de exemplares vendidos em todo o Mundo. Gabo, foi inicialmente um poeta, e mais tarde dedicara-se de uma forma dedicada e obstinada à literatura, tentando retratar de um modo muito próprio a realidade do mundo que nos cerca, tendo inventado um estilo literário denominado hoje de Realismo Mágico, com o qual fora laureado com o prémio Nobel da Literatura em 1982. do qual se pode salientar Cem anos de solidão de 1967, talvez a sua obra mais marcante, Crónica de uma morte anunciada, publicado em 1981, entre outros textos, contos e crónicas, havendo também mais tarde de 1985 o famoso Amor em tempos de cólera. Além de que fora também jornalista tendo criado a revista "Alternativa" para a qual fez algumas reportagens sobre Portugal no período revolucionário. 
Nascido na Colômbia na cidade de Aracataca a 6 de março de 1927, faleceu no dia 17 de abril de 2014, com 87 anos, na Cidade do México, país que adotou em 1961, após ter vivido nos EUA, mas a sua amizade com Fidel Castro e o seu ideal socialista, fizeram-no mudar-se, ficando a viver até à sua morte na Cidade do México, muito embora vivesse sempre na imaginária Macondo de forma poética e permanente.
García Máquez e o 25 de Abril em Portugal
Em pleno PREC, Período Revolucionário em Curso, que se vivia em Portugal na altura da Revolução dos Cravos, García Márquez esteve em Portugal, de passagem, conversando com políticos, jornalistas, escritores e sentido por ele mesmo nesses contacto o clima de alegria contagiante que se vivia em Portugal, terá afirmado que "Lisboa é a maior aldeia do Mundo", e que "os portugueses estão tão contentes com a liberdade que não param mais nos semáforos" relatando também que era um Portugal feliz e colorido o que ele havia encontrado.
Mais tarde aquando da adesão à então CEE, afirmou "É com os sapatos rotos, e o casaco remendado, que Portugal senta-se à mesa com os mais ricos da Europa".
Em suma creio que o que dá sentido à vida é a obra para a qual estamos destinados, Gabo cumpriu sua missão, e a obra ficar-lhe-á tanto grata como eterna.
Livro Ebook - Cem Anos de Solidão

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Cantinas Sociais e a Emergência Alimentar

O número de cantinas sociais tem vindo a aumentar e expandir-se, atingindo neste momento as 811 unidades, de cantinas sociais espalhadas de Norte a Sul, e são um sintoma claro da situação de crise e de grave carência económica em que vive uma parcela considerável da população portuguesa, tal como um flagelo silencioso do qual não se fala, e por vezes- finge-se que não existe.

As Cantinas Sociais pertencem regra geral, a IPSS's Institutos Particulares de Solidariedade Social, entidades sem fins lucrativos, que atuam em colaboração com o ISS Instituto de Solidariedade Social de Portugal, inseridos por sua vez no PEA Programa de Emergência Alimentar através da RSCS Rede Solidária de Cantinas Sociais, cujo objetivo é suprir as necessidades alimentares dos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade socioeconómica, através da disponibilização de refeições quentes, a serem consumidas no domicílio.

Segundo dados noticiados no DN Diário de Notícias, foram distribuídas no ano de 2013, cerca de 14 milhões de refeições, a agregados em situação de total dependência, sendo as maiores causas o desemprego, viuvez, divórcio e doença.

O aumento exponencial do desemprego em Portugal, muito embora os dados oficiais tentem disfarçar os números, através de formações dentro do âmbito do Programa VIDA ATIVA, a realidade é que o aumento só não é maior, porque uma grande parte da população jovem e composta maioritariamente por licenciados emigrou, tal como aconselhado pelo Primeiro-ministro Passos Coelho, no início do seu governo, e isso revela-nos que há um grave problema social, e político em Portugal, O Problema a meu ver, está em quem desenha as políticas publicas, esquecendo de conhecer a realidade de quem arregaça as mangas, e esquecendo-se de que é preciso desenhar convictamente politicas sociais, não para remediar, mas sim para consertar e construir um País melhor e mais justo.

De Filipe de Freitas Leal

Abaixo, pode ver a Reportagem do Jornal I (Informação)



Diário de NotíciasCantinas sociais serviram mais de 14 milhões de refeições
Jornal de Notícias: Refeições em Cantinas Sociais aumentam 25%

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Dicas Para Estudar Melhor

Uma das grandes preocupações dos alunos (incluindo os mais atarefados como os trabalhadores estudantes ou simplesmente os estudantes adultos) é precisamente a preocupação de como estudar de forma mais eficiente a fim de aprender de modo eficaz e obter resultados consideráveis nas provas ou exames. No entanto as dicas aqui presentes não se destinam exclusivamente à época de exames ou a provas, mas sim a todo o percurso da aprendizagem.
E aqui deixo aos leitores algumas dicas que também tive de aprender, quer pela pesquisa, quer pela consulta a colegas da faculdade ou até mesmo por tentativa e erro de métodos a que me propunha, e também pela leitura de livros afins, como o livro Método Ser Bom Aluno - Bora Lá? da Autoria de um meu Professor o Dr. Jorge Rio Cardoso, que aliás é meu orientador no estágio de Serviço Social, livro esse que é publicado pela editora 'Guerra e Paz', assim deixo-vos enumerado abaixo os seguintes métodos:
1.º) – Apontamentos: É sempre bom fazer apontamentos, embora eu não os fazia na sala de aula devido à necessidade de concentrar-me e compreende o que o Professor dizia e entender a matéria dada pelo docente, no entanto apontava sempre as palavras novas, as ideias centrais que depois estudava em separado em casa.
2.º) – Resumos: O aluno não deve deixar de fazer os seus resumos num caderno ou em folhas soltas, acerca dos capítulos dos livros, é alias aconselhável faze-lo sempre, os resumos tem como objetivo não o de decorar o capitulo, mas entender a matéria dada e saber relaciona-la com ciências afins que nos ajudam a compreender melhor o que está a ser estudado e ver como as ideias se conectam. Isso é observado em disciplinas como História, Sociologia, Filosofia, Antropologia etc.
No início é difícil fazer-se resumos, mas com o tempo ganha-se prática e desenvolve-se a aprendizagem de uma forma mais fluida, além do mais os resumos melhoram a memória e consolidam os conhecimentos adquiridos numa espécie de "Árvore de Ideias"
3.º) – Destacar ou sublinhar: São trechos do livro de estudos, é uma técnica muito usada, eu pessoalmente não faço isso pois torna o livro ilegível para terceiros, opto sempre por usar post-its ou marcadores (bandeirolas) coloridos para marcar a página e o parágrafo a reler.
Pode-se optar por usar lápis ou lapiseira para sublinhar de leve algumas linhas importantes ou fazer pequenos apontamentos nas margens das páginas do livro. Ajuda imenso e não estraga.
4.º) – Mnemónicas: É o uso de palavras-chave que podem ser uteis quando estamos perante um tipo de disciplina ou matéria que não estamos muito à vontade e precisamos lembrar para facilitar na ora de fazer a prova, evitando assim as chamadas “brancas” que na hora do exame podem por tudo a perder. A mnemónica pode ser inclusive formada por siglas, por exemplo: imagine que a pergunta é quais os países que formam a América do Norte? E a resposta correta será Canadá, Estados Unidos da América e México, então usa-se apenas as iniciais de cada resposta, C,E,M. e memoriza-se quando a pergunta for lida na prova, lembrar-se-á que a resposta é CEM. Este é um exemplo, outro pode ser o uso de palavras-chave, sem serem siglas, mas palavras que sirvam de ligação e memorização. Um nome uma data, etc.
5.º) – Gravar, uma outra técnica é a de gravar as aulas e em casa ou nas horas vagas no transito ou nos transportes públicos, relembrar a matéria, o problema é que para tal ser possível há que ter autorização prévia dos docentes, o que nem sempre é possível, pois ao permitirem a um terão aberto um precedente para os demais,
6.º) – Monólogo, ou seja fale consigo mesmo acerca da matéria dada, diga o que compreendeu, relacione factos, ideias, pode ser utilizado previamente ao resumo da aula, e posteriormente ao apontamento da leitura de livros da matéria que está a ser dada pelo Professor.
7.º) – Diversificar: Não estude num mesmo dia a mesma disciplina várias horas seguidas, diversifique o estudo com outras disciplinas, e se possível coloque à mistura leituras livres de outros temas como livros ou revistas, isso ajuda a manter a mente ativa mas não cansada.
8.º) – Pausas: Não estude sozinho por mais de uma hora faça pequenas pausas de 10 a 15 minutos, descanse, coma algo, beba água ou sumos naturais, mas nada que seja pesado a fim de poder voltar para os estudos mais animado.
9.º) – Tempo: Por vezes e sobretudo para os estudantes que trabalham, ou tem família, o estudo é difícil e com uma escassez de tempo bastante acentuada, o que faz com que se tenha de ser mais rigoroso nos horários pré-estabelecidos, por isso siga à risca os seus objetivos e tente controlar a assiduidade do seu estudo caseiro a fim consolidar o hábito.
Não deixe para estudar para a véspera, e se possível nem estude no dia, do exame, pois isso na maioria dos casos associado ao nervosismo gera esquecimento e pode sair a perder, por isso reserve para si no mínimo dos mínimos uma hora e meia por dia, com os tias 15 minutos de intervalo.
10.º) – Lugar: Tudo tem que ter o seu local próprio, e os estudos também, o ideal é numa mesa, ao pé de uma estante com todos os livros que necessita, de preferência sem TV, a televisão é um assassino do nosso tempo e um péssimo investimento para a nossa cultura, acredite, o lugar de estudos deve ser confortável mas não em demasia, devendo ser um lugar bem iluminado e silencioso.
Tenha o mínimo necessário na mesa, o livro e o caderno da disciplina que está a estudar, folhas em branco para rabiscar previamente ideias soltas, notas etc., canetas, lápis, marcadores de páginas.
11.º) – Música: A música faz parte do ser humano em diversas ocasiões, e pode fazer também parte dos estudos, porque não? Mas deverá ser algo adequada, como por exemplo música instrumental, sem letras, podendo optar por música clássica ou jazz, mas ainda assim em volume baixo.
12.º) – Bem-estar Físico e Emocional: Exercícios físicos e uma boa alimentação, bem como o descanso noturno de no mínimo 7 horas, ajudam imenso nos estudos, eu descobri isso muito tarde e aliás nunca dormia mais que cinco horas, por vezes menos de quatro, mas a verdade é que melhora imenso a performance nos estudos se exercitarmo-nos, quer seja a andar, correr um pouco ao ar livre, ou mesmo se for o caso praticar desporto com colegas e pessoas amigas.
O convívio deve ser tido em conta, estar bem emocionalmente é meio caminho para o êxito não só nos estudos mas em quase tudo na vida, e neste caso também melhora muito a nossa autoestima.
Quanto à alimentação, não decreto nenhuma receita, mas simplesmente a moderação na quantidade, e em época de exames deve-se evitar comidas pesadas e bebidas gasosas, para além de fazerem sentir-se mal desconcentram imenso na hora H dos Exames ou provas.
Enfim estas são as dicas que deixo, a concentração nunca foi o meu forte, por isto deixo aqui este conselho, se é trabalhador estudante, se tem família a cargo procure os métodos e tente ser rigoroso, pois vai poupar tempo e obter melhores resultados. Boa sorte a todos os alunos.

Livros da autoria de Jorge Rio Cardoso, também à venda no Brasil.
Método Ser Bom Aluno - Bora Lá? Link
O Professor do Futuro - Link

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Escolaridade Obrigatória em Portugal

A Escolaridade obrigatória em Portugal, corresponde ao ensino pré-escolar, básico e secundário universal e gratuito, garantido pelo Estado, e a que as crianças e jovens entre os 5 e os 18 anos são obrigados a cumprir no seu currículo escolar, nos quais se compreende disciplinas diversas que permitem aos alunos o prosseguimento no ensino superior.

Embora o Decreto Lei N.º 176/2012 estabeleça os 12 anos de ensino obrigatório, não implica que os demais cidadãos que estudaram em épocas diferentes, tenham perdido a condição de conclusão do ensino obrigatório. Daí e por razões de justiça, que para cada faixa etária, vigora como ensino obrigatório, anos de escolaridade diferentes, de acordo com o ano de nascimento, tal como abaixo está indicado.

Data de nascimento
Escolaridade obrigatória
Até 31 de Dezembro de 1966
4 anos de escolaridade
A partir de 1 de janeiro de 1967
6 anos de escolaridade
A partir de 1 de janeiro de 1981
9 anos de escolaridade
A partir de 2 de agosto de 2012
12 anos de escolaridade

Diário da República - DL 176/2012 de 2 de agosto de 2012

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Livros - Reorganzar a Sociedade - Auguste Comte

Eis um dos livros mais importantes no estudo da Sociologia e da Filosofia de Auguste Comte e do Positivismo, "Reorganizar a Sociedade" escrita pelo fundador da Sociologia, à altura a mais nova das ciências, a que Émile Durkheim introduzira na Academia, e da qual viria a ser o seu primeiro professor na Sorbonne.
Este livro de Comte foi um marco fundamental, na elaboração da sua filosofia, quer do ponto de vista social, quer ético ou moral, que nasce do contexto histórico pós Revolução Industrial, Pós Revolução Francesa, e das guerras napoleónicas.
A Revolução Industrial veio trazer uma nova civilização à humanidade, a partir do fim do Séc. XVIII, e inícios do Séc. XIX. E essa transformação fez surgir a necessidade de compreensão da Física Social, como lhe chamava inicialmente Comte, compreender a dialética que ciclicamente faria evoluir a sociedade até uma civilização definitiva, no entanto o que a sociedade do seu tempo podia constatar era o Caos, provocado pelas revoluções Industrial e Francesa, para o qual propunha uma reorganização social.
É um livro que é fundamental de iniciação à história da sociologia, e da sociologia em si, aqui apresento a capa antiga, digitalizada de um exemplar que possuo. Boa Leitura.
Editora: Guimarães Editores
Coleção: Filosofia e Ensaios
Páginas: 166
Preço: 8.37 no Wook

Autor Filipe de Freitas Leal


Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

Sistema de Ensino Português

O Sistema de ensino português foi reformado após a Revolução dos Cravos a 25 de abril de 1974, mudando os paradigmas da educação, por forma a permitir a integração e a cidadania ativa, no entanto o sistema anterior deixa marcas profundas na sociedade portuguesa, de modo que o sistema educativo por si só não tem vindo a diminuir as assimetrias socioeconómicas da sociedade portuguesa, e mesmo após a entrada na CEE, faz-se necessário um esforço no setor do ensino básico e secundário, mesmo tendo havido progressos e tenha sido sentida uma melhoria dos resultados no ensino por parte dos alunos portugueses, o insucesso e o abandono escolar permanecem como uma realidade a combater, faz-se necessário investir de forma clara e determinante no ensino, não obstante e devido à crise, bem como a uma visão retrograda e distorcida por parte dos tecnocratas no poder, as reformas e os investimentos tardam, pelo que o fosso que separa culturalmente Portugal do resto da Europa comunitária torna-se cada vez maior e o futuro adiado, sobretudo porque há uma clara politica de tornar a classe dos professores cada vez menos prestigiados e reconhecidos no seu papel fundamental que deveras têm.
Atualmente o sistema de ensino português é baseado em doze anos obrigatórios, do ensino básio ao secundário, como descrito abaixo:

O Ensino Básico compreende três ciclos:
1º Ciclo: 1º, 2º, 3º e 4º Anos de escolaridade (antigas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª classes)
2º Ciclo: 5º e 6º Anos de escolaridade (antigos 1º e 2º ano do Preparatório)
3º Ciclo: 7º, 8º e 9º Anos de escolaridade (antigos 3º, 4º e 5º ano do Complementar)

O Ensino Secundário é constituído pelo:
10º ano de escolaridade (antigo 6º ano do Liceu)
11º ano de escolaridade (antigo 7º ano do Liceu)
12º ano de escolaridade (antigo ano propedeutico)

Seguindo-se o ensino superior após a conclusão do 12º ano, e a aprovação pelo Exame Nacional de acesso ao ensino superior.

Público - Sistema de ensino português não consegue diminuir assimetrias sociais.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 6 de abril de 2014

O Desperdício de Alimentos


Dados estatísticos, revelam, que o desperdício alimentar, gera um custo de 750 Biliões de dólares por ano em todo o Mundo, sendo que é desperdiçada metade de toda a comida produzida, um contra senso, tendo em conta a fome que atinge 8 centenas de milhões de pessoas em todo o mundo sem falar nas consequencias ambientais, devido ao efeito estufa e poluição de rios e solos pelos detritos.

O desperdício de alimentos é uma realidade que tem passado despercebida, ao interesse e atenção do cidadão comum, deve-se pois salientar a importância de tomarmos conhecimento deste fenómeno que não sendo novo, tem adquirido uma nova dimensão com o aumento populacional.

O desperdício é um fenómeno que ocorre simultaneamente ao crescimento exponencial da fome, que graça não só no 3º Mundo, ou dito mundo dos Países em Desenvolvimento, sendo também uma presença constante, nas ruas e nas casas onde cada vez mais, devido ao desemprego, à velhice desamparada, à doença, entre outros fenómenos socias, que ocorre no dito Primeiro Mundo, ou o mundo dos países, neste sentido o combate ao desperdicio é também o combate à fome, e uma luta pelo equilibrio do ecossistema, na medida em que se deixa de desperdiçar os recursos naturais, energéticos e também humanos, e colocando-os assim em prol do desenvolvimento comunitário e no aproveitamento ambiental.

O combate ao desperdicio passa, como salienta o jornal Público, pelo modos de produção, embalamento, cuidados de distribuição, aproveitamento inteligente das matérias primas, mas também é algo cultural, que precisa ser incentivado, o combate ao desperdicio cabe a todos nós, em beneficio das gerações vindouras.





Este artigo respeita as normas do novo Acordo Ortográfico.



Sobre o Autor

 - Nasceu em 1964 em Lisboa, é estagiário em Serviço Social, numa ONG, tendo se licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa - ISCSP/UL, Fundou este blog em 2007, para o debate de ideias e a defesa do ideal humanista, edita ainda outros blogs, desde filosofia à teologia e apoio autodidático. (ver o Perfil)

Livros - Terra Sonâmbula - Mia Couto

Eis uma sugestão de leitura, cujo autor deixa vincada na sua obra, a leveza do seu pensamento, na acutilância e na crueza da realidade vivida na Guerra Civil de Moçambique. Onde uma criança Muidinga e um idoso, sobreviventes da Guerra, fazem de um "Machibombo" queimado (autocarro/ónibus) a sua casa, no entanto tem de retirar os mortos do interior do veiculo, tendo o menino encontrado um diário, e passando a desmembrar-se a história em duas, tendo o menino Muidinga, encontrado o diário de um adulto, passa a narrar os acontecimentos nele registados, e ambas as histórias cruzam-se no personagem Muidinga, que revive-as como sendo ele um homem adulto.

Aqui o autor não repete a tragédia, mas fala-nos de esperança, fala-nos de duas pessoas que representam o passado e o futuro, e do diário que é o presente, juntos um presente para lutar, por ser um livro vivo que fala dos vivos e da vida, mais que dos mortos, talvez seja inclusive essa a razão pela qual, tenha sido traduzido em tantas línguas e até já passou para o cinema.

Mia Couto, escritor moçambicano, sempre jovem no seu modo de ser e de pensar, vencedor em 2013 do Prémio Camões, entre outros tantos em anos anteriores, é também membro da ABL Academia Brasileira de Letras.

Editora: Leya
Coleção: BIS (Livros de Bolso)
Páginas: 204
Preço: 5,36 €


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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