domingo, 27 de fevereiro de 2011

Kaddafi Derrama Sangue na Libia

Não foi o primeiro e talvez não seja o ultimo país do Mundo Árabe a se revoltar, mas até aqui foi Kaddafi, da Líbia o que mais se agarrou ao poder para onde subiu em 1969, num golpe sangrento que derrubou a monarquia de Idris I, e é agora Kaddafi que relutante causou o maior numero de mortes, incluindo crianças inocentes que nada têm a ver com a política.
As consequências são nefastas, pois está a destruir a economia libia e a contribuir para o aumento da desestabilização política e militar no médio oriente.
A Hegemonia Europeia e Americana no Mediterrâneo, sucumbiu a estes levantes, Israel teme pela sua segurança, e o ocidente terá que redesenhar a geoestratégia, e até economicamente a revolta na Líbia provocou o aumento do preço do Petróleo, e para países que tentam sair da crise não parece ser um bom augúrio, mas obviamente um fenómeno circunstancial e passageiro.
Esperemos que a Guerra Civil que Kaddafi promete não se cumpra, e caso se cumpra, que não alastre aos vizinhos. De facto esta é a Era da Incerteza, como diria Galbraith.
A Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton  pediu a Kaddafi que pare com a carnificina, o derramamento de sangue de forma cruel, feito por aviões caça contra a população desarmada.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Livros - A Era da Incerteza - de John K. Galbrith

Este livro, saído de um programa da BBC (Televisão britânica) nos anos 70, permanece atual, porque nunca a humanidade teve tantas dúvidas quanto ao futuro, como no momento presente.
Ao ler este livro, compreende-se o desenvolvimento socioeconómico ao longo da História, bem como, a raiz dos grandes conflitos contemporâneos e os da atualidade.

Já passaram muitos anos, mas lembro-me quando era ainda um adolescente, de ouvir falar de um economista canadiano de nome John Kenneth Galbrith, e depois de ver o livro "A Era da Incerteza" nas estantes e montras das livrarias paulistanas, era onde eu morava na altura; passava muito pela "Livraria Cultura" e pela "Livraria Saraiva" sem falar das férias que passava na Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo em meio a livros, enciclopédias e atlas, viajava pelo mundo dentro de uma biblioteca.

Os anos passaram, regressei a Portugal, Galbrith morreu em 2006, e o Mundo está totalmente diferente, mais desenvolvido tecnológicamente é claro, mas uma coisa me chamou a atenção, é de que um livro que era sobre a história do pensamento económico ao longo dos séculos, que também falava sobre política internacional e um sem numero de implicações socio-económicas e políticas na conjuntura global, continua atual pela sua natureza e pelo seu titulo.

A incerteza é agora maior que antes, vimos a crise do petróleo, o fim da URSS, a independência de vários países da esfera soviética, o desmembramento da Jugoslávia, com a sangrenta guerra da Bósnia, mais tarde também do Kosovo, o 11 de Setembro e a desastrosa política estadunidense do "Eixo do Mal" com a guerra interminável no Afeganistão e Iraque, estamos a ver a agitação social e política no mundo árabe, mesmo à nossa beira e não sabemos como irá acabar, a crise financeira iniciada nos Estados Unidos em 2008, já arruinou a economia de países como o Equador, Islândia, Ucrânia, Grécia, Irlanda, Portugal está com a corda no pescoço e a Espanha na corda bamba.

Se há algo que os políticos devem aprender, é a não repetir erros do passado, a humanidade já chegou a um desenvolvimento tecnológico que se mostra escravo dos interesses económicos de grandes grupos, apenas pelo lucro ou pela guerra, quem sofre irreversivelmente é o planeta e as gerações futuras.

A desflorestação, a extinção de inúmeras espécies, o esgotamento da água potável, a erosão dos solos, o degelo das calotas glaciares entre tantos outros males, tornam impossível prever uma saída para isto a curto prazo e o que se pode prever de facto é a incerteza que vivemos e em que viverão as gerações futuras.

Portugal:

Editora: Moraes Editores (1980)
Coleção: Mundo Imediato - nº 6
Páginas: 324
Preço: Esgotado (Pode ser encontrado no Alfarrabista: Livraria Avelar Machado

Brasil:

Editora: Pioneira (1980)
Coleção: Economia
Páginas: 320
Preço: Esgotado (Pode ser encontrado na Internet: Estante Virtual

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mubarak Caiu, o Egito Está Livre

Após 18 dias de revolta popular, com centenas de mortos e milhares de feridos, Mubarak renunciou ao cargo e deixou o Egito entregue a uma junta militar, Anunciava ontem o Vice-Presidente Suleiman, logo a seguir rompeu em coro todo o povo de alegria, em particular na Praça Tahir, onde ocorreu desde o inicio o ajuntamento de populares anti Mubarak.
O Egito está Livre, mas ainda é incerto onde é que chegará tudo isto, esperamos o melhor desfecho, para o povo do Egito, para a paz no Médio Oriente e em particular com Israel.
As pessoas caminham em liberdade, felizes, sorridentes e fazendo o vê da vitória, a euforia de um povo livre, fez lembrar o 25 de abril em Portugal, as Diretas Já de 1988 no Brasil e enfim um sem numero de manifestações de igual ordem nunca antes visto.
Agora as atenções viram-se para a Argélia, e para o Iemen, o que se sucederá com a queda de Mubarak?


Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Revolta Popular no Mundo Árabe



Após décadas de estabilidade e de autoritarismo, explodiu no mundo árabe a partir da Tunísia a revolta popular dos povos árabes, que se insurgem contra os seus governante após decadas de ditadura incontestada pelas populações de então.
Os regimes que começam a ruir, eram até aqui aliados do mundo ocidental, à exceção da Líbia, mas que nos últimos tempos têm vindo a ter uma política de moderação face ao ocidente.
O que está em jogo afinal? é preciso voltar algumas décadas atrás e ver o que mudou nos países árabes, então vemos uma filosofia política pró-socialista de Abdel Nasser do Egito, que tinha uma política nacionalista pan-arabista e um modelo económico estatal, Nasser influenciou outros líderes tais como o antigo presidente Sírio Hafez Al-Hassad e Muamar Kadafi da Líbia, entre outros, para além disso o mundo estava dividido em dois blocos um capitalista e imperialista: Os EUA e a Europa Ocidental e do outro lado da "cortina de ferro"  tínhamos o mundo dito Socialista liderado pelo imperialismo da União Soviética, e consequentemente a "Guerra Fria" entre esses dois blocos politico-ideológicos.
O Mundo árabe por ser religioso e muçulmano, não queria o capitalismo ocidental nem a ditadura estalinista dos soviéticos ou maoista dos chineses, e menos ainda as consequências drásticas que foram os confrontos da guerra fria nas guerras da Coreia e do Vietname.
Mas o mundo mudou muito, o colonialismo acabou de vez quando da independência das colónias portuguesas em África após o fim do regime de Salazar e Caetano, acabou a União Soviética, a social democracia europeia cessou, o comunismo na China abriu-se ao sistema capitalista e as mudanças tecnológicas desde a informática à tv satélite e telefones celulares (telemóveis) colocaram todos os povos da terra no mundo da informação num simples toque de teclas, cliques ou zapings nas tv satélites e nos milhões de páginas web, logo o mundo árabe embora não deseje os defeitos do ocidente, deseja a sua liberdade e os benefícios da justiça social que no mundo árabe não há.
O que os povos árabes estão a ver, e os faz revoltarem-se é a mudança de direção política, o fim do pan-arabismo, o fim de uma economia estatizada, e sobretudo os seus lideres políticos aplicarem politicas económicas ultra liberais, enriquecendo a nata da sociedade mas deixando a maioria da população com baixos ordenados, alto índice de desemprego e ainda por cima sem liberdade política.
No entanto. é preciso cautela, para ver o que vai sair destas revoltas, pois é incerto em que mãos é que ficará o poder se os atuais governantes caírem, não é bom o mal de ninguém.
O ideal, para o ocidente e também para os países árabes é uma abertura política e um aumento da justiça social para se evitar males maiores e sobretudo que se mantenha a paz no mundo árabe.

Autor Filipe de Freitas Leal

Sobre o Autor

Filipe de Freitas Leal nasceu em Lisboa, em 1964, estudou Serviço Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. Estagiou como Técnico de Intervenção Social numa Instituição vocacionada à reinserção social de ex-reclusos e apoio a famílias em vulnerabilidade social, é blogger desde 2007, de cariz humanista, também dedica-se a outros blogs de temas diversos.

 
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